Bolsonaro diz que não prorrogará intervenção na segurança do RJ
Presidente eleito também defendeu 'retaguarda jurídica' para policiais e integrantes das Forças Armadas
O presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, confirmou que não vai prorrogar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro quando assumir a Presidência. A intervenção no estado termina no dia 31 de dezembro deste ano.
“Eu assumindo, não prorrogarei. Se quiserem falar em GLO (Decreto de Garantia da Lei e da Ordem), eu dependerei do Parlamento para assinar”, afirmou Bolsonaro. O presidente eleito falou à imprensa após assistir, na manhã desta sexta-feira 30, a uma formatura de sargentos da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP).
As operações de GLO são realizadas em situações de crise na segurança pública. Esta não foi a primeira vez que as tropas federais foram utilizadas com o objetivo de preservar a ordem pública. As Forças Armadas atuaram na Rio+20, em 2012; na Copa das Confederações; na visita do Papa Francisco a Aparecida (SP) e ao Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
As tropas federais também foram utilizadas no Espírito Santo, em decorrência da greve dos policiais, e no Rio Grande do Norte, por conta de uma onda de crimes em várias cidades do estado.
Na coletiva de imprensa, o presidente eleito defendeu a necessidade de uma retaguarda jurídica para os agentes de segurança. “Não posso admitir que um integrante das Forças Armadas, da Polícia Militar, Polícia Federal, entre outros, após cumprimento da missão, respondam a um processo.”
(com Estadão Conteúdo)