Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Bolsonaro flexibiliza porte de arma a caçador, atirador e colecionador

Ainda não divulgado, decreto inclui aumento de limite de cartuchos a ser adquiridos por ano e porte de arma a praças da Forças Armadas

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2019, 22h55 - Publicado em 7 Maio 2019, 17h34

O presidente Jair Bolsonaro assinou na tarde desta terça-feira, 7, um decreto que flexibiliza o porte de armas para caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas, grupo denominado CAC.

O Palácio do Planalto ainda não divulgou a íntegra do texto, mas o presidente adiantou que ele prevê medidas como a permissão para que os CACs possam ir com as armas municiadas a estandes e clubes de tiro, o aumento de cinquenta para 1.000 no limite de cartuchos de calibre restrito que podem ser comprados por eles a cada ano e o porte de arma a praças das Forças Armadas.

O ponto relacionado ao transporte de armamento montado e com munição a atiradores esportivos já havia sido facilitado por uma portaria do Exército, assinada em março de 2017.

Em pronunciamento por volta das 18h50, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, afirmou que o decreto também prevê que o morador de imóveis rurais “estará livre para a defesa de sua propriedade e de sua família contra agressão injusta e iminente”; que os CACs podem comprar até 5.000 munições de calibre permitido por ano; que o prazo de validade para o certificado de registro de arma de fogo passa a ser de 10 anos, assim como de todos os documentos relativos a porte e posse de armas; e a abertura do mercado para importação de armas e munições.

Após assinar o decreto no Planalto, em cerimônia acompanhada por ministros e parlamentares, Bolsonaro declarou que o governo foi “no limite da lei”. “Deixo bem claro que fomos no limite da lei, não inventamos nada nem passamos por cima da lei. O que a lei abriu oportunidade para nós, nós fomos no limite”, afirmou o presidente, que ressaltou que a caça não está sendo “liberada” no país.

Continua após a publicidade

Jair Bolsonaro disse ainda que o decreto “não é um projeto de segurança pública”, mas “algo mais importante”. “É o direito individual daquele que porventura queira ter arma de fogo ou buscar a posse da arma de fogo, seja um direito dele, obviamente respeitando e cumprindo alguns requisitos”, pontuou.

“Apesar de eu falar agora que não é uma política de segurança pública, eu sempre disse nas minhas andanças pelo Brasil ao longo dos últimos quatro anos, isso é pessoal meu, que a segurança pública começa dentro de casa”, declarou o presidente. Estavam ao lado dele na cerimônia o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, cujas pastas participaram da análise do decreto.

Bolsonaro também acenou ao Legislativo durante a cerimônia, que teve presença maciça de membros da bancada da bala. Parlamentar por 28 anos, ele disse que ainda está “cheirando a deputado” e que “acredita” no Congresso. “Nós, Legislativo e Executivo, juntos, mudaremos o futuro do Brasil e eu acredito em vocês. Eu acabei de sair de lá, tô cheirando a deputado ainda, 28 anos lá dentro, está encalacrado no meu paletó o cheiro de deputado. Então o nós é nós mesmos, pô, nada quase mudou de lá pra cá”, afirmou.

Continua após a publicidade

Dirigindo-se aos deputados e senadores presentes, o presidente observou que o decreto assinado hoje atende não só aos eleitores deles, mas “à vontade pessoal” de cada um destes parlamentares. Bolsonaro se colocou à disposição deles para ouvir reclamações sobre decretos de governos anteriores e analisar a revogação destas medidas.

Antes da assinatura do decreto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, declarou que Bolsonaro conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre levar a votação em breve um projeto de lei do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) que trata sobre o porte de arma em propriedade rural.

Referindo-se também ao decreto assinado pelo presidente em janeiro que facilitou a posse de armas, Onyx disse que antes “tínhamos uma plaquinha imaginária colocada na frente de cada casa, de cada loja, de cada propriedade rural, dizendo ‘pode entrar, que esse cidadão e esta cidadã não têm capacidade de defender a sua família, o seu patrimônio, a sua integridade’. Não tínhamos condição sequer de defender os filhos que nós amamos”.

O ministro afirmou que, com os decretos de Jair Bolsonaro, “agora na frente da porta da nossa casa nós vamos poder colocar: aqui essa casa tem dono, essa família merece respeito, e quem cruzar a fronteira das nossas casas sabe que o cidadão e a cidadã de bem no Brasil agora, graças à assinatura de vossa excelência, terá como proteger aqueles que ama, a sua integridade e a sua vida”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.