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‘Bolsonaro é passaporte para volta do PT’, afirma Alckmin em MG

Candidato do PSDB cita pesquisas e diz que, caso o deputado federal chegue ao segundo turno, Fernando Haddad terá eleição facilitada

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2018, 20h23 - Publicado em 12 set 2018, 14h55

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, em agenda de campanha em Betim (MG), que os eleitores que votarem em Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno ajudarão a eleger Fernando Haddad, candidato do PT ao Palácio do Planalto, no segundo turno. Nas palavras de Alckmin, “Bolsonaro é um passaporte para voltar o PT”.

O deputado federal lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência com 22% da preferência, segundo o Datafolha, e 26%, conforme o Ibope. Alckmin aparece com 9% e 10% nos levantamentos.

“Precisamos verificar quem pode vencer pra não retrocedermos, não voltar atrás. Eu vejo que o Bolsonaro é um passaporte para voltar o PT, esse é um fato, é só olhar o segundo turno. Eu acho que não vai, mas, se for, é um perigo, porque é um passaporte pra voltar o PT. Você vota em um e elege o outro, isso é um fato”, afirmou Geraldo Alckmin dentro de uma fábrica de revestimentos automotivos na cidade mineira.

Com a declaração, o tucano põe em prática a estratégia de se colocar como uma opção mais viável que Jair Bolsonaro ao eleitor antipetista e deixa claro que, em sua avaliação, Haddad, recém-lançado pelos petistas como candidato, em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estará na parte decisiva da eleição presidencial. O petista tem 9% no Datafolha e 8% no Ibope.

Os quadros de segundo turno citados pelo ex-governador de São Paulo foram mostrados pela pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira, 10. Em um cenário que opõe Haddad e Bolsonaro, o ex-prefeito tem 39% e o deputado federal, 38%, um empate técnico dentro da margem de erro. Quando o adversário do petista é Alckmin, o tucano vence por 43% a 29%.

Na pesquisa Ibope publicada nesta terça-feira, no entanto, Jair Bolsonaro empata tecnicamente com todos os adversários no segundo turno. Em uma disputa com Fernando Haddad, o deputado fica numericamente à frente: 40% a 36%. O levantamento do instituto de pesquisas foi feito entre os dias 8 e 10 de setembro, enquanto o do Datafolha ouviu os eleitores apenas no dia 10. Bolsonaro foi esfaqueado em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na última quinta-feira, 6.

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As duas pesquisas eleitorais mostram o candidato do PSL como o mais rejeitado entre os presidenciáveis. Ao Datafolha, 43% dos entrevistados responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, quatro pontos porcentuais a mais que no levantamento anterior. No Ibope, o candidato tem rejeição de 41%, três pontos a menos que na pesquisa anterior.

No segundo turno da eleição, quando o voto por exclusão ganha força como critério para escolher um candidato, a rejeição é um indicador relevante para medir as chances de vitória de um presidenciável. Não é, contudo, determinante, uma vez que, a um mês do primeiro turno da eleição de 2014, mesmo tempo que falta para o pleito de 2018, a ex-presidente Dilma Rousseff era rejeitada por 42% da população, conforme o Ibope. Ela acabou eleita em uma disputa contra Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.

Sobre a continuidade de propagandas eleitorais de sua campanha que criticam Jair Bolsonaro, mesmo enquanto ele se recupera do atentado que sofreu, Geraldo Alckmin voltou a classificar a agressão como “ato vil e covarde”, mas declarou que “uma coisa é solidariedade ao candidato, outra é escolher o próximo presidente”.

“Nós não fazemos nenhuma crítica, é ele que fala, não sou eu que fala, isso tá lá no YouTube. Se ele fala coisas desrespeitosas, é ele, não somos nós”, disse Alckmin. Peças da campanha tucana mostram desentendimentos de Jair Bolsonaro com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e uma repórter da RedeTV!. Ele se referiu à petista como “vagabunda” e à jornalista como “idiota” e “ignorante”.

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Na agenda de campanha em Betim, Geraldo Alckmin estava acompanhado da candidata a vice-presidente em sua chapa, senadora Ana Amélia (PP-RS), e do candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antônio Anastasia.

Alckmin ataca Haddad

Geraldo Alckmin também comentou o lançamento de Fernando Haddad como candidato do PT à Presidência da República, nesta terça-feira, substituindo o ex-presidente Lula, que teve o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

Nesse momento, o tucano buscou se mostrar como opção antipetista a Jair Bolsonaro, afirmando que a candidatura de Lula era “enganação” e que “é inacreditável você lançar uma candidatura na porta da penitenciária”. Lula está preso desde abril para cumprir a pena de 12 anos e 1 mês de prisão a que foi condenado em segunda instância na Operação Lava Jato.

“Finalmente o PT parou com a enganação, todo mundo sabia que o Lula não iria ser candidato, mas ficaram escondendo o Haddad, agora ele vai ter que se apresentar como candidato e explicar os 13 milhões de desempregados, fora outro tanto no desalento e no subemprego, tem que explicar, porque isso não começou hoje. Isso é herança do período do PT”, disse Alckmin.

Ele ainda classificou Ciro Gomes, Henrique Meirelles e Marina Silva como “adoradores do PT e do Lula”. “Nós temos uma eleição de um lado o candidato do PT e os adoradores do PT e do Lula. O Ciro foi ministro do Lula, sempre apoiou o PT até a Dilma, o Meirelles se vangloria ter sido presidente do Banco Central do PT, a Marina Silva foi 24 anos filiada ao PT”, enumerou.

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