Bolsonaro diz que ‘ninguém quer atacar urnas’ e que Fachin vê ‘fantasma’

Governante rebateu fala do presidente do TSE, que declarou que as eleições são assunto das 'forças desarmadas'

Por Redação
Atualizado em 12 Maio 2022, 20h24 - Publicado em 12 Maio 2022, 20h20

(FILES) In this file photo taken on April 27, 2022 Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during an act in defense of freedom of expression at Planalto Palace in Brasilia. - Bolsonaro vetoed a law passed by Congress that allocated 600 million dollars a year for the cultural sector, the second such bill to be blocked by the far-right leader in a month, on May 5, 2022. (Photo by EVARISTO SA / AFP) — O presidente Jair Bolsonaro - (Evaristo Sa/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro comentou em sua live semanal nesta quinta-feira, 12, as declarações de Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que as eleições são assunto das “forças desarmadas”. O ministro do STF subiu o tom depois de seguidas afirmações de Bolsonaro questionando o sistema eleitoral.

Em sua live, o presidente disse que Fachin vê um “fantasma”, referindo-se ao temor de interferência das Forças Armadas, e que “ninguém quer atacar as urnas eletrônicas”.

“Não sei de onde ele está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral”, disse o governante. “As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas por uma portaria do então presidente (do TSE), Luís Roberto Barroso.”

A fala faz menção à Comissão da Transparência das Eleições, criada pelo TSE e que inclui os militares.

Bolsonaro afirmou ainda que Fachin, como presidente do TSE, pode até “revogar” a comissão se quiser. “Então, prezado ministro Fachin, a gente não entende essa maneira de o senhor falar, se referir às Forças Armadas, que foram convidadas a participar do processo eleitoral”, disse.

“Não existe interferência, ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos”, acrescentou Bolsonaro. “A transparência das eleições é questão de segurança nacional.”