Bolsonaro defende futuro ministro da Saúde e diz que ele ‘não é nem réu’
Henrique Mandetta (DEM-MS) é investigado por fraude em licitação e caixa dois; presidente eleito afirma que só acusação 'robusta' afastará alguém do cargo
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a indicação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) para o Ministério da Saúde em seu governo e afirmou que o processo contra o parlamentar “não deu um passo” e que ele “não é nem réu ainda”.
Mandetta é investigado sob suspeita de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico, durante o período em que foi secretário municipal da Saúde em Campo Grande, entre 2006 e 2010, na gestão do governador André Pucinelli (MDB).
“Olha só, tem uma acusação contra ele (Mandetta) em 2009, se eu não me engano, e não deu um passo esse processo ainda, não é nem réu ainda. O que está acertado entre nós? (Se houver) Qualquer denúncia ou acusação que seja robusta, não fará parte do nosso governo”, afirmou Bolsonaro em entrevista após deixar a sede do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília.
A indicação de Mandetta para o Ministério da Saúde foi confirmado nesta terça-feira pelo presidente eleito por meio de sua conta do Twitter durante reunião com a Frente Parlamentar da Saúde, representantes das associações das Santas Casas e outras entidades médicas que apoiam o nome do deputado do MS.
“Eu acolhi a indicação dessas entidades, que querem em nome de uma saúde realmente diferente”, disse o presidente eleito.
Banco Central
Questionado sobre a possibilidade de pedir ao presidente Michel Temer para que a nomeação do economista Roberto Campos Neto para o comando do Banco Central seja realizada ainda este ano, Bolsonaro disse que terá que discutir o assunto com o seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
(Com Agência Brasil)