Bolsonaro anuncia Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação
Ex-presidente do FNDE ocupará cargo que estava vago desde a saída de Abraham Weintraub; anúncio foi feito nas redes sociais do presidente
O presidente Jair Bolsonaro nomeou, na tarde desta quinta-feira, 25, Carlos Alberto Decotelli da Silva como novo ministro da Educação. O anúncio foi feito em seu perfil oficial do Facebook. Oficial da reserva da Marinha, Decotelli é mais um militar a ser nomeado para o primeiro escalão do governo Bolsonaro. O novo titular do Ministério da Educação (MEC) também é próximo ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Informo a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de Ministro da Educação. Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, diz a publicação de Bolsonaro.
Ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e atual secretário de Modalidades Especializadas da pasta, Decotelli atuou na transição do governo Bolsonaro junto à equipe do MEC, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Formado em economia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez pós-doutorado na Bergische Universitãt Wuppertal, na Alemanha, é doutor em administração financeira pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, e mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas. O novo titular da pasta ocupará o cargo que está vago desde a saída de Abraham Weintraub.
Na terça-feira 23, Bolsonaro se reuniu com o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, um dos cotados para assumir o MEC. A VEJA, Feder disse discussões “que tiram o foco da questão técnica-pedagógica acabam atrapalhando”.
Como VEJA mostrou, o nome de Feder desagradou a chamada ala ideológica do governo. O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho Zero Dois do presidente Jair Bolsonaro, foi um dos mais contrariados com o candidato à pasta da Educação. Carlos não gostou do “jeitão” de Feder, que estaria sendo “simpático demais com a imprensa”. O secretário do governador Ratinho Júnior (PSD) seria “ingênuo” e não “compreende a doutrinação” implantada pela esquerda dentro das escolas brasileiras, segundo o filho do presidente.