Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

As opções do governo Lula 3.0 para retirar armas de circulação

Após promessa de revogaço, governo eleito discute exigir revalidação de arsenais particulares e criar crédito tributário para quem devolver armas

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 nov 2022, 16h12

Após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter prometido um revogaço de decretos e normas editadas pelo governo de Jair Bolsonaro, o petista sinalizou a interlocutores que vai promover uma ampla regulação da posse e do porte de armas de fogo, tema caro à administração do adversário, que editou pelo menos dezesseis decretos, dezenove portarias, quatro instruções normativas e duas resoluções sobre o armamento da população. Entre as hipóteses analisadas estão a geração de créditos tributários para quem devolver armas voluntariamente ou mesmo a criação de políticas de revalidação mais duras, a partir das quais o detentor de pistolas que não obtiver aval para permanecer com o armamento passaria a ser enquadrado ilegal e, consequentemente, sujeito a sanções penais.

A ideia de integrantes da equipe que Lula é que, com a revogação das normas legais que hoje autorizam brasileiros comuns a ter porte e posse de armas, sejam regulamentadas regras para retirar revólveres e carabinas de circulação. A ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, o presidente eleito fez uma avaliação de que, se antes o foco de possíveis criminosos era assaltar uma base da Marinha em busca de armas e munição, hoje o alvo para o mesmo objetivo passou a ser os chamados CACs (colecionadores, atiradores esportivos e caçadores), que detêm verdadeiros arsenais. Atualmente, atiradores podem ter, no limite, até 30 armas de calibre comum, 30 de calibre restrito, como fuzis, além de 180.000 balas e 20 quilos de pólvora.

Atualmente, o prazo de validade do registro de armas de CACs é de dez anos, mas há projetos de lei em tramitação no Congresso, por exemplo, que reduzem este prazo para cinco anos e fixa em até dez anos de detenção a pena para quem guardar ilegalmente armas de uso restrito. O entendimento de auxiliares de Lula é o de que revogaço de decretos sobre armas não precisaria passar por votação parlamentar.

A proposta de restrição do número de armas em poder de civis encontra eco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que editou uma resolução que proibia o transporte de armas e munições nos dias que antecederam e nas 24 horas após as eleições. Para além do revogaço, no último dia 9 o presidente do TSE Alexandre de Moraes fez um apelo para que Lula também endosse um projeto de lei que limite a quantidade de armamento permitido para os CACs. “Essa experiência prática nossa (do TSE) pode auxiliar num projeto de lei, que obviamente passa também pelo Executivo, e fica aqui nosso pedido. A questão das armas (…), a proibição não só de entrar e punir os CACS e o senhor poderia analisar bem”, disse.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.