Após viagem para os EUA, Weintraub é demitido oficialmente por Bolsonaro
Publicação se dá em edição extra do Diário Oficial
Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o presidente Jair Bolsonaro oficializou neste sábado a exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. Conforme consta no documento publicado pelo governo, a saída de Weintraub se deu “a pedido”.
Weintraub anunciou a saída do Ministério da Educação na última quinta-feira. Ele deixou a pasta após a famosa reunião ministerial em que defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e depois de reiterar o posicionamento em conversa com militantes bolsonaristas. A ala militar do Planalto pressionou pela demissão do ministro.
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Clique e AssineNa manhã deste sábado, Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência, informou que Abraham já está nos Estados Unidos – a exoneração, portanto, se deu após o ex-ministro deixar o país. Ele ganhou do governo a indicação para uma diretoria no Banco Mundial, em Washington.
Abraham Weintraub é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news e também por crime de racismo contra o povo chinês. Em um esforço para ajudá-lo, o ministro da Justiça, André Mendonça, ingressou no final de maio com um habeas corpus para blindar Weintraub. Na ação, Mendonça pedia para suspender o depoimento do ex-ministro da Educação à Polícia Federal e que ele fosse excluído das investigações sobre fake news.
Em suas redes sociais, Mendonça disse que a medida visaria a liberdade de expressão e também “preservar a independência, harmonia e respeito entre os poderes”. Na última quarta-feira, no entanto, o Supremo rejeitou o pedido por considerar que o instrumento apresentado – o habeas corpus – não era cabível.
Com a oficialização da saída de Abraham Weintraub, o número dois da pasta, Antonio Paulo Vogel, assume o Ministério da Educação de forma interina. Vogel participou da transição do governo Bolsonaro e foi secretário-executivo adjunto da Casa Civil no início do governo. Ele é servidor público de carreira e também já trabalhou como consultor do Banco Mundial e como secretário-adjunto de Finanças e Desenvolvimento Econômico na prefeitura de São Paulo durante a gestão do petista Fernando Haddad.