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Após 22 anos no partido, Doria anuncia saída do PSDB

Em nota, ex-governador diz que ‘a omissão, a letargia e o imobilismo’ jamais fizeram parte da sua vida

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2022, 10h37 - Publicado em 19 out 2022, 09h38

O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, a sua desfiliação do PSDB, partido ao qual esteve filiado por 22 anos e a única legenda na qual militou politicamente.

Em nota, Doria cita lideranças históricas do PSDB como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso e diz que buscou cumprir “uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual”.

“A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência”, disse.

A saída de Doria ocorre em um momento delicado para o PSDB, que está prestes a sofrer a maior derrota eleitoral desde a sua fundação em 1988. O partido não conseguiu ir ao segundo turno na disputa pelo governo de São Paulo, estado que governava desde a vitória de Covas em 1994. Também foi a primeira vez que o partido não lançou um candidato à Presidência da República — a legenda apoiou Simone Tebet (MDB) e indicou a vice, a senadora paulista Mara Gabrilli.

Doria deixou o governo de São Paulo em abril deste ano disposto a ser o candidato da terceira via à Presidência da República, mas não conseguiu viabilizar a sua candidatura apesar de ter vencido as inéditas prévias organizadas pelo partido em novembro do ano passado — derrotou o então governador gaúcho Eduardo Leite.

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Boicotado por lideranças do próprio partido, Doria acabou desistindo da candidatura. No segundo turno da disputa nacional, anunciou que não votaria nem em Luiz Inácio Lula da Silva  — como fizeram algumas lideranças do partido, entre elas FHC — nem em Jair Bolsonaro, que ganhou o “apoio incondicional” do governador tucano Rodrigo Garcia.

Doria sempre enfrentou resistências dentro do PSDB, embora tivesse sido o nome mais vitorioso do partido nas urnas nos últimos anos. Contra a vontade de dirigentes, foi candidato a prefeito de São Paulo e venceu a eleição ainda no primeiro turno em 2016, na sua estreia nas urna. Dois anos depois, também sob resistência interna, disputou e venceu a indicação para ser candidato ao governo do estado, obtendo nova vitória eleitoral.

Na nota divulgada hoje, Doria não indica se irá migrar para uma nova sigla partidária. Ele já havia anunciado a intenção de se dedicar mais à iniciativa privada, onde construiu uma carreira de sucesso como empresário.

 

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