Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Mandetta à CPI: Bolsonaro ignorou alertas sobre gravidade da crise

O ex-ministro afirmou que presidente tinha 'assessoramento paralelo' na pandemia e não quis campanha nacional contra a Covid-19

Por Da Redação Atualizado em 4 Maio 2021, 19h20 - Publicado em 4 Maio 2021, 10h34

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi ouvido nesta terça na CPI da Covid-19. No depoimento de mais de sete horas, ele confirmou os desencontros com Jair Bolsonaro na condução das políticas contra a crise sanitária, pontuando que o presidente tinha ‘assessoramento paralelo‘ para assuntos relacionados à pandemia. Em resposta a essa fala, senadores da oposição pediram que o filho do presidente Carlos Bolsonaro seja ouvido pela comissão.

Mandetta contou ainda que Bolsonaro queria que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alterasse a bula da cloroquina, com ineficácia cientificamente comprovada, para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19. De acordo com o ex-ministro, o pedido foi negado pelo presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. 

Em uma resposta ao relator Renan Calheiros, Mandetta disse que o pedido para produção do medicamento pelo Exército “não partiu do Ministério da Saúde”. Ele apresentou à comisão uma carta que teria enviado a Bolsonaro em março de 2020 com alertas sobre a gravidade da pandemia, que teriam sido ignorados por Bolsonaro, e revelou a recusa do governo a planejar uma campanha oficial contra a Covid-19.

O ministro da Economia Paulo Guedes também foi alvo de críticas. “Ele só dizia: ‘já mandei o dinheiro, agora se vira lá, vamos tocar a economia”, disse, apontando que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, era mais atencioso para lidar com temas relacionados ao avanço do vírus.

Após Mandetta, seria a vez de Nelson Teich, seu sucessor na pasta, falar. O depoimento, no entanto, foi remarcado para quarta-feira.

Continua após a publicidade

Integrantes da CPI passaram os últimos dias preparando as perguntas aos depoentes. Na quarta-feira seria a vez de Eduardo Pazuello, que comandou a Saúde em grande parte da pandemia. Ele alegou suspeita de Covid-19 e avisou que não vai depor. O depoimento foi adiado para o dia 19.

Leia Também:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.