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Antes de Lula encontrar Paes, PT-RJ reitera candidatura de Ceciliano

Vaga do Senado, alvo de imbróglio com o PSB, vinha sendo citada como ativo para atrair PSD; conversa entre prefeito e petista passou para semana que vem

Por Caio Sartori Atualizado em 13 jun 2022, 16h58 - Publicado em 13 jun 2022, 16h35

Com o ex-presidente Lula prestes a receber o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para uma conversa que pode mudar o cenário eleitoral do estado, o PT-RJ emitiu uma resolução em que reitera a candidatura de André Ceciliano ao Senado. A vaga para a casa legislativa vinha sendo apontada como um ativo na missão de atrair o PSD de Paes para a aliança que tem Marcelo Freixo (PSB) de candidato ao governo. Em trecho do texto, a sigla também alfineta Alessandro Molon, que mantém a intenção de concorrer ao Senado pelo mesmo partido de Freixo.

“Reafirmamos a  pré-candidatura única ao Senado Federal na chapa com o PSB, que deve ser do companheiro André Ceciliano, respeitando os acordos que foram feitos entre as Direções Nacionais do PT e PSB”, diz a resolução do partido, aprovada com 18 votos a favor e uma abstenção. “André Ceciliano tem feito um excelente trabalho como deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, sendo responsável por barrar a mais retrógrada agenda bolsonarista.”

Como se não bastasse o ruído com o pessebista, surge agora a possível tentativa de compor com o grupo de Paes, que tem como candidato ao governo o advogado Felipe Santa Cruz. O movimento de costura com o prefeito, no entanto, é almejado pelo PT desde o ano passado, mas havia esfriado desde que ele passou a criticar Freixo abertamente. 

A reaproximação entre Lula e Paes, que vinham afastados, se deu após aumentar a articulação do ex-Psol com a família Maia, que pode culminar na indicação do ex-prefeito Cesar Maia (PSDB), padrinho político de Paes, como vice do pessebista, numa espécie de “Lulalckmin” fluminense. Considerado “isolado” do debate por quadros da política local, Paes voltou a se mexer.

Inicialmente, o encontro em São Paulo seria nesta terça-feira, mas ficou em suspenso por causa da agenda de Lula – a tendência é que passe para a semana que vem. Apesar do diálogo retomado, o PSD mantém o discurso de que a candidatura de Santa Cruz é irredutível. Um dos argumentos passa pela necessidade de ter um nome na eleição majoritária para ajudar a puxar uma bancada robusta de deputados, principal meta do partido a nível nacional em 2022.

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