Anderson Torres não está com funções cognitivas normais, diz defesa
Psiquiatra que acompanha o ex-ministro da Justiça na cadeia deu o diagnóstico que foi usado para adiar depoimento do ex-ministro

A psiquiatra que acompanha o estado de saúde de Anderson Torres, que está preso há mais de 100 dias num batalhão da Polícia Militar, em Brasília, informou aos advogados de defesa do ex-ministro da Justiça que ele não apresenta funções cognitivas normais, como memória, atenção e percepção.
Segundo a defesa de Anderson Torres, a psiquiatra detectou que o ex-ministro está divagando diante da realidade, ou seja, falando coisas sem sentido. Foi a partir desse diagnóstico que a defesa pediu o adiamento do depoimento do ex-ministro que estava marcado para esta segunda-feira.
Anderson Torres está tomando remédios para depressão, ansiedade e para o sono. Segundo seus advogados, ele está “dopado” e sem condições de prestar qualquer tipo de depoimento. Conforme antecipou VEJA, o ex-ministro está abalado física e mentalmente e já perdeu 12 quilos desde que foi preso.
A defesa de Anderson Torres informou que vai apresentar um recurso ao plenário do Supremo Tribunal Federal — uma nova tentativa de reverter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que negou na semana passada um pedido para soltar o ex-ministro. Anderson está preso desde 14 de janeiro, quando se entregou para a polícia.