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‘Alguém tem de pegar essa bomba, né?’, diz Bernardinho

Para o técnico, o primeiro passo para melhorar a situação caótica do Rio de Janeiro é a escolha de um bom governante

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 18h54 - Publicado em 20 nov 2017, 11h08

Nome mais conhecido do partido Novo, o técnico de vôlei, economista e empresário Bernardinho pediu prazo até abril do ano que vem para decidir se aceita o convite para concorrer ao governo do Rio. Compromissos profissionais e a resistência da família são os fatores que mais pesam na decisão.

O mau momento vivido pelo estado, que sofre com uma crise financeira sem precedentes, aumento da violência e o corporativismo da classe política, no entanto, não é empecilho para o multicampeão mundial e olímpico. “Alguém tem que pegar essa bomba, né?”, disse Bernardinho ao ser questionado sobre os riscos de assumir uma administração estadual falida.

Ele admite que o desafio é grande e talvez insuperável, mas acredita que a solução dos problemas do Rio passa pela escolha de um governante que tenha credibilidade. “Certamente tenho muito receio pelo desafio de que talvez eu não consiga dar conta. O descrédito dos governantes é geral. Agora, com uma agenda positiva, alguém que gere previsibilidade… pode mudar”, disse.

Ele disse ter ficado decepcionado com a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de mandar soltar o deputado Jorge Piciani (PMDB) – e outros dois parlamentares estaduais – e admitiu não ser o mais preparado para atuar no ambiente político. “Não sou realmente a pessoa mais preparada. Não quero criminalizar porque não sou eu que julgo as pessoas, mas se é difícil negociar, trabalhar, é importante que você tenha a sua linha de conduta.”

O ex-atleta foi a figura mais aclamada durante o Encontro Nacional do Novo realizado no sábado 18, em São Paulo. A reunião da sigla lançou a pré-candidatura do ex-banqueiro João Amoêdo à Presidência.

A candidatura de Bernardinho é fundamental na estratégia do Novo de lançar nomes ao governo em pelo menos cinco estados para alavancar a campanha nacional e tornar a legenda, criada em 2015, mais conhecida.

“Há duas questões. Compromissos e família. Existem algumas questões como segurança etc. que nos preocupam muito. Tenho filhas pequenas e compromissos ainda não cumpridos, há alguma pressão das empresas. Até abril, quando terminar meu compromisso, vou tomar a decisão”, afirmou. Os compromissos, segundo assessores do Novo, são contratos com os patrocinadores do seu time, o Sesc Rio.

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