A reação de Ramagem após virar réu no STF por tentativa de golpe
Deputado que chefiou Abin na gestão Bolsonaro faltou a evento sobre segurança, ouviu pedidos da família e disse ter receio de ser preso
No dia em que foi transformado em réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou de comparecer a um evento com empresários e políticos para debater os problemas de segurança pública no Rio de Janeiro.
Abatido, Ramagem justificou aos organizadores do encontro que foi orientado pela família a se resguardar em casa e disse também que tinha receio de ser preso. O parlamentar, que chefiou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão de Jair Bolsonaro, é acusado de auxiliar o ex-presidente na suposta trama golpista.
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Ramagem teve papel importante no direcionamento das mensagens difundidas pelo ex-presidente com o intuito de desacreditar as urnas eletrônicas.
Os investigadores atribuíram ao deputado a autoria de um documento com críticas ao sistema eleitoral. Ele também é acusado de usar indevidamente a estrutura da agência para espionar adversários do ex-presidente.
Indícios tímidos
Além de Ramagem, o STF acolheu denúncia contra outros sete aliados de Bolsonaro. Na terça-feira, durante sustentação oral no julgamento que tornou Ramagem réu, Paulo Renato Garcia Cintra Pinto, advogado do parlamentar, afirmou que os indícios da participação dele no plano golpista são “extremamente tímidos e singelos”.
Em 15 minutos de fala, o jurista negou a participação do deputado na tentativa de golpe e ressaltou que a polícia utilizou apenas alguns documentos que não provam nada para sustentar o envolvimento dele no caso.
“O que a autoridade policial apresentou em seu relatório foram três arquivos de texto. São indícios extremamente tímidos e singelos. Tudo o que está na denúncia, com base naquilo que foi colhido pela autoridade policial, são três arquivos de texto e nada mais. Esses arquivos de texto não trazem algo novo”, disse o advogado.
Ramagem é acusado de golpe de estado, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio público tombado.
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