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A pedido de Lula, Odebrecht deu R$ 3 milhões a ‘Carta Capital’

Dinheiro saiu do departamento de propinas da empreiteira. Dinheiro foi registrado como “empréstimo” quitado “com espaços publicitários na revista”

Por Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Robson Bonin, Laryssa Borges, Marcela Mattos, Felipe Frazão, Hugo Marques, Thiago Bronzatto
Atualizado em 12 abr 2017, 00h45 - Publicado em 11 abr 2017, 22h45

A delação da Odebrecht revela como era rentável para a chamada “mídia progressista” a relação com o governo do PT. Além de ajudar a financiar campanhas e a enriquecer políticos corruptos com milionárias propinas, a estrutura montada pela empreiteira também ajudou a financiar veículos de comunicação notoriamente ligados ao PT, como a revista Carta Capital. Marcelo Odebrecht e seu pai, Emílio Odebrecht, revelaram em suas delações que pagaram 3 milhões de reais em propinas à revista.

Em um primeiro momento, o pedido de dinheiro foi apresentado a Marcelo Odebrecht e a outro delator da empreiteira pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Logo em seguida, o próprio ex-presidente Lula, valendo-se de sua relação de amizade com Emílio Odebrecht, procurou o patriarca da família para reforçar o apelo financeiro.

“O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria solicitado ao colaborador Marcelo Bahia Odebrecht apoio financeiro à Revista Carta Capital, pleito também feito ao colaborador Emílio Alves Odebrecht pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido teria sido atendido e o Grupo Odebrecht, a título de empréstimo, efetuou o repasse de 3 milhões de reais, soma quitada na forma de compensação com espaços publicitários”, registra o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal.

Segundo os delatores, o dinheiro repassado à revista saiu do notório Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propina que abasteceu dezenas de campanhas e ajudou a enriquecer centenas de corruptos no Brasil e no exterior. Além de retirar o sigilo do caso, o ministro Edson Fachin acatou o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determinou o envio do caso envolvendo a Carta Capital à Procuradoria da República no Estado de São Paulo.

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