Pesquisa contra a ditadura, violência em São Paulo e o fundão eleitoral
Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat comentam a pesquisa sobre a rejeição do brasileiro aos tempos da ditadura militar
A capa da revista VEJA desta semana traz uma pesquisa exclusiva que mostra que quase 80% dos brasileiros rejeitam o retorno de um regime autoritário. Segundo os dados, a grande maioria da população, apesar de preferir a democracia, vê um risco razoável de retrocesso.
Dora Kramer considera uma barbaridade a sociedade ainda precisar discutir esse assunto. Mas ainda precisamos falar sobre democracia porque autoridades eleitas cogitam possibilidade, mesmo remota, de AI-5. Para ela, essa medida só deve ser lembrada de maneira pedagógica, como um exemplo do que não deve ser feito.
Ricardo Noblat avalia que os nostálgicos da ditadura são pessoas que não viveram a ditadura, que não sabem o que é isso na pele e o quanto isso faz mal. Mas pondera que, já que há quem tenha interesse no retorno daquela época, é necessário encarar o assunto e desmascarar essa situação, ressaltando que ditadura não é boa em hipótese alguma.
Augusto Nunes se espanta com a mania de se querer voltar a épocas que foram totalmente distintas da que estamos vivendo agora. Para ele, é uma velharia ideológica que é impossível ressuscitar num Brasil que, mesmo longe de uma democracia perfeita, é capaz de resolver seus problemas no voto. Ele considera que o assunto ditadura deve ficar nos livros de história.
Os colunistas também falam sobre a pesquisa eleitoral que aponta a força de Lula e, especialmente, de Sergio Moro, na disputa pela Presidência, do caso de violência policial na favela em Paraisópolis, em São Paulo, e do fundão aprovado na Câmara, que fez subir o fundo eleitoral para mais de R$ 3 bilhões.