Caso Adriano da Nóbrega, as mudanças no governo e as polêmicas de Guedes
Dora Kramer, Ricardo Noblat e Augusto Nunes comentam o caso do ex-capitão do Bope morto na Bahia e a dança das cadeiras nos ministérios
A revista VEJA desta semana traz como destaque as imagens obtidas pela revista que fortalecem a suspeita de queima de arquivo no caso do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, morto a tiros no interior da Bahia.
Dora Kramer avalia que o material reforça a hipótese de execução. Para ela, a questão é a consequência: historicamente, casos que envolvem, mesmo que indiretamente, pessoas poderosas, tendem a ficar sem apuração, como os casos de Celso Daniel e Marielle Franco.
Ricardo Noblat considera que trata-se de um caso de execução, já que os tiros foram disparados perto do corpo, a ponto de uma das armas ter sido encostada no corpo do miliciano. Ele também atenta para a declaração da mulher de Adriano da Nóbrega, na qual ela diz que essa queima de arquivo tem a ver com manobras que o governador do Rio fez para chegar a Adriano. Para Noblat, isso deve ser esclarecido.
Augusto Nunes lembra de uma frase do governador Wilson Witzel, de que ‘a operação obteve o resultado que se esperava’. Mas o colunista questiona, já que a operação foi feita para a captura do ex-capitão do Bope. Ele lembra que o caso ainda tem muitas esquisitices e pede que as investigações não caiam no esquecimento.
Os colunistas também falam sobre as recentes e polêmicas declarações de Paulo Guedes, além das mudanças no governo Bolsonaro: Onyx Lorenzoni vai ao Ministério da Cidadania. O general Braga Netto assume a Casa Civil em seu lugar. Já Osmar Terra volta à Câmara dos Deputados.