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Zelensky vai convidar Rússia para segunda cúpula da paz em Kiev

Última cúpula da paz, realizada na Suíça, não contou com a presença das autoridades russas

Por Mafê Firpo Atualizado em 15 jul 2024, 18h55 - Publicado em 15 jul 2024, 16h49

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira, 15, que a Rússia deve participar da segunda cúpula da paz organizada pela Ucrânia para discutir sobre o fim da guerra com a Rússia que ocorre há mais de dois anos.

Na última reunião, realizada na Suíça no mês passado, 92 nações participaram do encontro que não contou com a presença de Moscou.

“Estabeleci uma meta de que em novembro teríamos um plano totalmente pronto”, disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em Kiev. “Acho que representantes da Rússia devem estar na segunda cúpula.”

Alguns especialista avaliaram que sem a presença dos russos a tentativa de paz não teria avanços práticos.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a cúpula mostrou a futilidade de manter negociações sem participação de representantes da Rússia e teve resultados “próximos a zero”.

Ao todo, 80 países defenderam a “integridade territorial” da Ucrânia e o retorno dos prisioneiros de guerra.

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Os outros 12 países, incluindo os considerados nações-chave do Sul-Global, como Índia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, não assinaram a declaração.

Na época, o Brasil criticou a iniciativa junto com a China, que afirmou que as negociações de trégua deveriam ser feita diretamente.

Na primeira cúpula, o plano inicial do mandatário ucraniano contava com uma proposta de cessar-fogo com 10 pontos principais.

A proposta inclui a retirada completa da Rússia na Ucrânia, pagamento de reparações e enfrentamento da Justiça por crimes de guerra.

No entanto, a nova “fórmula” da paz foi reduzida para apenas três tópicos: segurança nuclear, libertação de prisioneiros de guerra e crianças e segurança alimentar.

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A Ucrânia afirmou que o segundo encontro, que a princípio seria realizado em Kiev em novembro, discutiria um plano elaborado com antecedência por dezenas de países.

Em julho ou início de agosto, Zelensky afirmou que autoridades iriam se encontrar no Catar para moldar uma posição sobre a segurança energética.

Já na Turquia, um grupo deve se encontrar para elaborar um plano sobre segurança alimentar e, no Canadá, outra reunião deve ser feita para discutir sobre os prisioneiros de guerra e crianças.

Na véspera do encontro, a Rússia exigiu que a Ucrânia se rendesse – o presidente russo, Vladimir Putin, impôs condições para uma “paz negociada” com a Ucrânia.

Ele estabeleceu como exigência a retirada das tropas ucranianas nas áreas parcialmente anexadas e a renuncia da entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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Em resposta, Zelensky rejeitou a proposta repudiou as condições de Moscou.

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