Vice-presidente dos EUA viola regra e aparece sem máscara em clínica
Mike Pence justificou a atitude dizendo que realiza o teste para coronavírus com frequência: "Faço exames regulares"
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, causou controvérsia na terça-feira 28 ao violar as normas da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, uma das referências no tratamento de coronavírus. Ele visitou um centro de doação de sangue e plasma dentro do prédio sem utilizar máscara facial, item obrigatório na clínica desde 13 de abril, ao contrário de todos os médicos, assessores e jornalistas presentes.
“A Clínica Mayo havia informado ao vice-presidente sobre a política de uso de máscaras antes de sua chegada hoje”, informou o hospital em sua conta no Twitter, pouco antes de deletar a postagem.
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Clique e AssineSegundo emissoras americanas, como a CNN, quando Pence e sua equipe chegaram à clínica, a equipe da instalação ofereceu máscaras ao grupo. De rosto descoberto, Pence evitou apertar as mãos de médicos e funcionários e os cumprimentou apenas com toques de cotovelo.
Diante da repercussão negativa, Pence se defendeu dizendo que não utilizou máscara, pois é frequentemente testado para coronavírus. “Como vice-presidente dos Estados Unidos, faço exames regulares e todos que estão ao meu redor são examinados para o coronavírus”, disse. “Como não tenho o coronavírus, pensei que seria uma boa oportunidade estar aqui, poder falar com esses investigadores, com esse pessoal incrível da área de saúde, olhá-los nos olhos e dizer obrigado.”
O próprio presidente Donald Trump recomendou, no início de abril, que os americanos considerassem usar coberturas faciais quando em público para ajudar a impedir a propagação do vírus por parte de portadores assintomáticos. Ao anunciar a nova orientação, no entanto, Trump enfatizou que as recomendações não eram obrigatórias e avisou que não participaria.
“Acho que não vou conseguir. Vestir uma máscara ao cumprimentar presidentes, primeiros-ministros, ditadores, reis, rainhas, simplesmente não vejo isso”, afirmou, no Salão Oval da Casa Branca. Os Estados Unidos ultrapassaram a marca de 1 milhão de casos de Covid-19 confirmados, com mais de 57.000 mortes decorrentes da doença.