Ucrânia prepara acusações de crimes de guerra contra militares russos
Sete militares são suspeitos de bombardear prédios de civis, assassinato, estupro, entre outros crimes
Pelo menos sete militares russos vão ser acusados de crimes de guerra, de acordo com comunicado do gabinete da procuradora-geral da Ucrânia nesta terça-feira, 26. Os homens não foram identificados e não foram fornecidas evidências para apoiar as alegações.
Entre eles, estão três pilotos, suspeitos de bombardear prédios civis nas regiões de Kharkiv e Sumy, dois operadores de um lançador de foguetes, que teriam bombardeado assentamentos na região de Kharkiv, e dois militares acusados de assassinar um homem em Kiev e estuprar sua esposa.
As investigações estão em andamento, mas nenhuma acusação foi apresentada ao tribunal. A procuradora-geral da Ucrânia disse que alguns dos suspeitos foram mantidos em cativeiro, sem especificar onde, enquanto outras acusações estavam sendo preparadas.
Desde o começo da invasão pela Rússia, no dia 24 de fevereiro, a Ucrânia afirma estar investigando cerca de 7.600 potenciais crimes de guerra e pelo menos 500 suspeitos, que podem estar em solo russo ou foram capturados como prisioneiros de guerra.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) ainda está investigando o massacre de Bucha, na Ucrânia. As Nações Unidas também abriram um inquérito sobre possíveis violações do direito internacional humanitário no país.
Moscou não comentou sobre os possíveis crimes e rejeitou as alegações da Ucrânia e de nações ocidentais de crimes de guerra. Também negou atacar civis na “operação militar especial” para desmilitarizar a Ucrânia, e ainda acusou Kiev de genocídio contra falantes russos. O governo ucraniano nega.