Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ucrânia fez ao menos dois pedidos para comprar armas do Brasil, diz jornal

Lista inclui veículos blindados, sistemas de defesa aérea, morteiros, rifles de precisão, armas automáticas e munições, segundo New York Times

Por Da Redação
Atualizado em 12 abr 2023, 19h39 - Publicado em 12 abr 2023, 19h38

O governo da Ucrânia fez ao menos dois pedidos ao Brasil para comprar armamentos, entre eles veículos blindados, sistemas de defesa aérea, morteiros, rifles de precisão, armas automáticas e munições, de acordo com documentos obtidos pelo jornal americano The New York Times, citados em reportagem publicada nesta quarta-feira, 12.

A revelação foi feita poucos dias depois de um grande vazamento de documentos secretos do Pentágono sobre a guerra na Ucrânia. Além de expor a extensão da espionagem de Washington contra aliados importantes, incluindo Coreia do Sul e Israel, os documentos também indicam detalham as principais fraquezas do Exército ucraniano, incluindo limitações da defesa aérea e tamanho de batalhões em áreas sensíveis.

+ Rússia quer usar plano de Lula para a Ucrânia a seu favor, EUA alertam

Dada a necessidade de suprimentos para conter tropas russas, a Ucrânia vem buscando recursos. O Brasil se encaixaria nesse cenário para fornecer suprimentos de defesa aérea. Segundo o New York Times, o governo brasileiro ignorou amplamente os dois pedidos.

Entretanto, o posicionamento do Brasil não é singular. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse em janeiro que rejeitou os pedidos americanos para enviar as armas do país aos Estados Unidos, que então as entregaria à Ucrânia. A justificativa seria que a Constituição colombiana exige que ele busque a paz, afirmando posteriormente que o governo colombiano não está “com ninguém”. 

A Coreia do Sul também se recusou a oferecer assistência bélica à Ucrânia, citando sua política de não enviar armas a um país em guerra. De acordo com os documentos vazados do Pentágono, os altos funcionários de Seul temiam a pressão de Washington para enviar munição para a Ucrânia de qualquer maneira, porém o governo sul-coreano contestou a precisão dos documentos.

Continua após a publicidade

O Brasil, apesar de ter condenado a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022 nas Nações Unidas, escolheu manter uma posição de relativa neutralidade, evitando sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, por motivos econômicos. A agricultura brasileira é altamente dependente dos fertilizantes de Moscou – de 2018 a 2022, vendeu em média 22% do produto consumido pelos brasileiros –, e a Rússia é um grande exportador de produtos como o diesel para o país.

+ O que se sabe a respeito do vazamento de documentos dos EUA sobre Ucrânia

Ao mesmo tempo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta se apresentar como um possível articulador de uma proposta de paz. Em fevereiro, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse que o governo do presidente Vladimir Putin recebeu a proposta de paz na Ucrânia enviada pelo líder brasileiro e enfatizou a importância da visão do Brasil, que é parceiro estratégico de Moscou, tanto bilateral quanto globalmente.

Em janeiro, a Alemanha tentou intermediar o envio de munição brasileira à Ucrânia, o que foi prontamente rejeitado. “Ainda acho que quando um não quer, dois não brigam”. Em 6 de abril, Lula reconheceu que a Rússia “não pode manter o território ucraniano” que capturou desde 2022, embora tenha sugerido que a Ucrânia pode ter de entregar a Crimeia em um acordo para acabar com a guerra.

Os documentos atribuídos ao Pentágono sobre a guerra na Ucrânia, no entanto, indicam que os Estados Unidos suspeitam que o líder russo, Vladimir Putin, pretendia usar o plano de Lula para a guerra na Ucrânia a seu favor. O relatório ultrassecreto sugere, segundo a inteligência americana, que as autoridades russas acreditavam que o plano “para estabelecer um clube de mediadores supostamente imparciais para resolver a guerra na Ucrânia rejeitaria o paradigma de ‘agressor-vítima’ do Ocidente”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.