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Ucrânia e EUA dão a largada em tratativas após guerra esquentar com mega ataque à Rússia

Delegações se encontraram na Arábia Saudita para discutir caminhos para o fim do conflito; Washington quer ver disposição de Kiev em fazer concessões

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 mar 2025, 10h53 - Publicado em 11 mar 2025, 08h13

Autoridades ucranianas e americanas deram a largada nas negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia nesta terça-feira, 11, em encontro sediado na Arábia Saudita. A tarefa de encontrar um caminho para encerrar o conflito parece ainda mais arenosa depois que as forças de Kiev lançaram, nesta madrugada, seu maior ataque com drones à Rússia desde a invasão, há três anos (veja no vídeo mais abaixo).

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, espera que as negociações em Jeddah ressuscitem as relações “pragmáticas” com os Estados Unidos, após seu desastroso encontro com o homólogo americano, Donald Trump, transformar a Casa Branca em um ringue de boxe no mês passado (com palavras amargas ao invés de socos).

À mesa, ele colocou pedidos mais brandos que os anteriores: em vez da retirada completa das forças russas de seu país, falou em uma trégua temporária no ar e no mar. Segundo ele, seria uma chance de testar a vontade de Moscou de acabar com o conflito. A proposta quer demonstrar que ele está a par com Trump em seu objetivo de encerrar a guerra o mais rápido possível, depois que o americano o acusou de não estar pronto para a paz e o pressionar usando negociações diretas EUA-Rússia.

“Esperamos resultados práticos”, disse Zelensky em uma postagem no X (antigo Twitter) na noite de segunda-feira. “A posição da Ucrânia nessas negociações será totalmente construtiva.”

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Concessões

Principal aliada de Kiev desde a invasão de 2022, Washington deu um giro de 180 graus na sua política sobre a guerra, interrompendo a assistência militar à Ucrânia, bem como o compartilhamento de informações de inteligência. Além disso, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se encontraram na capital saudita, Riad, em fevereiro para discussões foram focadas na restauração dos laços entre os países após um congelamento quase total durante a gestão de Joe Biden, antecessor de Trump.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse a repórteres na segunda-feira, a caminho de Jeddah, que as negociações na Arábia Saudita seriam importantes para avaliar se a Ucrânia está disposta a fazer concessões.

“Temos que entender a posição ucraniana e apenas ter uma ideia geral de quais concessões eles estariam dispostos a fazer, porque você não obterá um cessar-fogo e o fim desta guerra a menos que ambos os lados façam concessões”, defendeu. Ele se recusou a especificar quais concessões cada lado teria que fazer, mas disse que Kiev teria dificuldade em recuperar todo o seu território perdido (a Rússia ocupa cerca de 20% do país vizinho, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.

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O líder da diplomacia americana foi acompanhado pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz. O lado ucraniano é liderado por Andriy Yermak, chefe do gabinete de Zelensky. O presidente ucraniano, que estava na Arábia Saudita na segunda-feira para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, não participa destas negociações.

Ataque a Moscou

Na madrugada, a Ucrânia lançou seu maior ataque com drones a Moscou desde o início do conflito, disparando pelo menos 91 dispositivos contra a capital russa.

Ao menos duas pessoas morreram, em meio a incêndios, voos cancelados ou desviados e aeroportos fechados. Ao todo, 337 drones foram abatidos sobre a Rússia.

A estratégia pode ser pressionar o Kremlin a aceitar uma trégua no ar, demonstrando que Kiev ainda tem força de fogo. Enquanto isso, na semana passada, 14 ucranianos morreram devido a bombardeios russos.

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