Mundo

Ucrânia diz ter capturado dois soldados norte-coreanos em território russo

Homens estavam feridos e foram levados para Kiev para serem interrogados pelo Serviço de Segurança Ucraniano

Por Luiz Paulo Souza SEGUIR SEGUINDO 12 jan 2025, 14h27

SOLDADO NORTE COREANO - Guerra da Ucrânia: capturados na Russia (ZelenskyyUa/X/Reprodução)

O presidente Volodymyr Zelensky disse neste sábado, 11, que o exército ucraniano capturou dois soldados norte-coreanos em território russo. Em sua conta no X, ele afirmou ainda que os indivíduos receberam tratamento médico e foram interrogados pelo Serviço de Segurança Ucraniano.

De acordo com a entidade, os soldados foram capturados na região da cidade russa de Kursk e foram levados para Kiev, onde foram interrogados com a ajuda da agência de inteligência sul-coreana NIS. Um deles nasceu em 2005, tinha ferimentos no braço, carregava uma carteira de identidade militar russa no nome de outra pessoa e era atirador. O outro nasceu em 1999, tinha um ferimento na mandíbula, não carregava documentos e era um sniper.

Essa foi a primeira vez que a Ucrânia captura soldados norte-coreanos desde que eles começaram a colaborar com os russos. De acordo com o Zelensky essa foi uma tarefa difícil. “As forças russas e outros militares norte-coreanos geralmente executam seus feridos para apagar qualquer evidência do envolvimento da Coreia do Norte na guerra contra a Ucrânia”, eles escreveu no X.

**1/2** FERIDO NOS BRAÇOS - Soldado Norte-Coreano: capturado na Rússia *(ZelenskyyUa/X/Reprodução)*

**2/2** FERIDO NA MANDÍBULA - Soldado Norte-Coreano: capturado na Rússia *(ZelenskyyUa/X/Reprodução)*

Segundo a agência sul-coreana, os soldados teriam dito que foram para a Rússia, não para ir para a Guerra, mas para participar de um treinamento. Eles ainda teriam revelado que os norte-coreanos sofreram perdas significativas durante a guerra e que eles estavam há cerca de cinco dias sem alimentos antes de serem capturados.

O presidente ucraniano disse ter ordenado ao Serviço de Segurança que garantam o acesso de jornalistas aos prisioneiros. “O mundo precisa saber a verdade sobre o que está acontecendo”, afirmou.