Ucrânia diz estar preparada para ataque russo contra usina nuclear
Moscou e Kiev se acusam de querer atingir unidade de Zaporizhzhia, a maior da Europa, tomada por Moscou no começo da invasão de 2022
A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, afirmou nesta quarta-feira, 5, que seu país tem procedimentos em vigor para um possível ataque russo à usina nuclear de Zaporizhzhia. Kiev alertou sobre uma nova provocação de Moscou na instalação, enquanto ambos os lados da guerra trocam acusações sobre a intenção de atingir a usina.
Maliar alertou que a Rússia é capaz de “ações completamente imprudentes” que podem tentar se passar por uma suposta sabotagem por parte da Ucrânia.
“Para minimizar possíveis consequências negativas, os serviços de emergência estão treinando há vários dias em quatro regiões ucranianas – Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia, Kherson e Mykolaiv – para superar as consequências de um possível ataque terrorista à Usina Elétrica Nacional de Zaporizhzhia”, afirmou a vice-ministra da Defesa.
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Para ela, a Rússia pode atacar a usina para virar o ímpeto da guerra a seu favor e “alcançar seus objetivos militares”.
Na terça-feira 4, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o Kremlin de plantar explosivos no telhado da usina de Zaporizhzhia, com base em dados de inteligência militar.
De acordo com o Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, os níveis de radiação estão “dentro dos limites normais” em geral, enquanto nas áreas ao redor de Chernobyl estão “dentro dos valores médios mensais”. Autoridades ucranianas em Nikopol, no sul da Ucrânia, também disseram que a fábrica de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia desde 2022, está operando normalmente.
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Autoridades instaladas pela Rússia em Zaporizhzhia rejeitaram as preocupações levantadas pelas autoridades ucranianas, dizendo que “tudo está normal” e que a usina está operacional.
Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que há uma “grande ameaça de sabotagem por parte de Kiev” na usina, que pode ter “consequências catastróficas”.