Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine VEJA por 9,90/mês

Ucrânia deve ter liberdade para decidir seu futuro, diz UE antes de cúpula Trump-Putin

Bloco europeu defende que negociações só podem ocorrer com um cessar-fogo, em meio a temores de que EUA façam concessões demais à Rússia

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2025, 07h51

A União Europeia emitiu uma declaração nesta terça-feira, 12, sublinhando que a Ucrânia deve ter liberdade para decidir seu próprio futuro. O comunicado veio após uma reunião dos chanceleres dos Estados-membros do bloco na véspera, e antes de uma cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, marcada para esta sexta-feira, 15, no Alasca.

Líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que não foram convidados para o encontro, planejam conversar com Trump na quarta-feira, 13, em meio a temores de que Washington, até então o principal fornecedor de armas para a Ucrânia, possa impor termos  desfavoráveis a Kiev para traçar um acordo de paz.

“Negociações significativas só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou redução das hostilidades”, disse a União Europeia na declaração, que foi assinada por todos os 27 membros, exceto a Hungria. “Compartilhamos a convicção de que uma solução diplomática deve proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa.”

Avanços russos na linha de frente

Trump afirmou que qualquer acordo de paz envolveria “alguma troca de territórios para o bem” tanto da Rússia como da Ucrânia. O posicionamento gerou consternação em Kiev e nas capitais europeias, já que praticamente todas as terras em disputa são ucranianas.

O DeepState, mapa da guerra criado com inteligência de código aberto, mostra que Moscou fez um avanço repentino para o norte em até 10 km em duas frentes nas proximidades de Dobropillia, que fica na região de seu principal alvo, a cidade de Pokrovsk. A operação tem objetivo de assumir o controle total da região de Donetsk, uma das quatro que o Kremlin anexou, por meio de um referendo considerado ilegal pela comunidade internacional, em 2022.

Continua após a publicidade

Tatarigami_UA, um ex-oficial ucraniano que acompanha e faz comentários sobre o conflito, lembrou que “tanto em 2014 quanto em 2015, a Rússia lançou grandes ofensivas antes de negociações para ganhar vantagem”, segundo publicou no X (antigo Twitter).

Enquanto isso, o Exército de Kiev anunciou na segunda-feira a retomada do controle de duas vilas na região de Sumy, no extremo leste do país, quebrando mais de um ano de avanços (graduais e desgastantes) da Rússia no sudeste – neste ano, uma nova ofensiva na região começou depois que Putin exigiu a criação de uma “zona tampão” na fronteira com a Ucrânia, que havia invadido Kursk, no extremo oeste russo.

Kiev e seus aliados europeus temem que Trump, no afã de tomar o crédito por um acordo de paz e ampliar o comércio com Moscou, possa, na prática, recompensar a Rússia pela invasão.

Continua após a publicidade

Segurança da UE

O comunicado do bloco europeu também afirmou que “uma Ucrânia capaz de se defender eficazmente é parte integrante de quaisquer garantias de segurança futuras” e que os Estados-membros estavam prontos para contribuir ainda mais para a proteção do país invadido.

Zelensky comemorou a declaração da União Europeia, acrescentando em um post no X que a Rússia está, na verdade, preparando novas operações ofensivas.

“Todos apoiamos a determinação do presidente Trump e, juntos, devemos moldar posições que não permitam que a Rússia engane o mundo mais uma vez”, disse ele.

Continua após a publicidade

No entanto, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, principal aliado de Putin na Europa, zombou da declaração de seus colegas.

“O fato da União Europeia ter sido deixada de lado já é triste o suficiente. A única coisa que poderia piorar as coisas seria se começássemos a dar instruções do tribunal”, disse Orban no X. “A única ação sensata para os líderes da União Europeia é iniciar uma cúpula UE-Rússia, com base no exemplo da reunião EUA-Rússia.”

Trump vinha endurecendo sua posição em relação a Moscou, concordando em enviar mais armas americanas para a Ucrânia e ameaçando impor tarifas comerciais severas à Rússia, num ultimato que já caducou. Mesmo assim, a perspectiva de Trump receber Putin em solo americano para a primeira cúpula entre líderes das duas potências desde 2021 reacendeu temores de que ele possa colocar os interesses de seu país à frente da segurança da Europa ou da geopolítica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.