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Ucrânia afirma ter abatido rajada de mísseis hipersônicos russos

Se confirmado, caso é demonstração da eficácia das defesas ocidentais recém-implantadas no país

Por Da Redação
16 Maio 2023, 11h19

A Ucrânia afirmou que derrubou seis mísseis hipersônicos Kinzhals russos nesta terça-feira, 16. Em comunicado, a Defesa ucraiana disse ter frustrado durante a madrugada os ataques com a arma que a Rússia havia anteriormente se gabado de ser “quase impossível de ser detida”.

Nesta terça-feira, sirenes de ataque aéreo soaram em quase toda a Ucrânia e foram ouvidas em Kiev e arredores por mais de três horas. Esta foi a primeira vez que a Ucrânia alegou ter atingido uma rajada inteira de múltiplos mísseis hipersônicos e, se confirmado, é uma demonstração da eficácia das defesas aéreas ocidentais recém-implantadas.

“A missão do inimigo é semear o pânico e criar o caos. No entanto, na zona operacional norte (incluindo Kiev), tudo está sob controle total”, disse o general Serhiy Naev, comandante das forças conjuntas das Forças Armadas.

Os seis Kinzhals estavam entre uma saraivada de 18 mísseis que a Rússia disparou contra a Ucrânia durante a noite. O ataque iluminou o céu de Kiev e foi seguido de uma chuva de detritos depois de serem interceptados no céu.

+ Ucrânia consegue mais armas do Ocidente e celebra ganhos em Bakhmut

De acordo com a agência de notícias Zvezda, o Ministério da Defesa da Rússia disse que um sistema de defesa americano foi destruído com um míssil. Porém, o chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhnyi, disse que todos foram interceptados com sucesso. Ao todo, três pessoas ficaram feridas com os destroços.

Os ataques teriam sido direcionados a unidades de combate ucranianas e locais de armazenamento de munição. Zaluzhnyi disse que suas forças interceptaram os seis Kinzhals lançados de aeronaves, bem como nove mísseis de cruzeiro Kalibr de navios no Mar Negro e três Iskanders disparados de terra.

O míssil Kinzhal, cujo nome significa punhal, pode transportar ogivas convencionais ou nucleares até 2 mil km. A Rússia usou a arma em uma guerra pela primeira vez em 2022, mas só reconheceu disparar os mísseis algumas vezes. O presidente russo, Vladimir Putin, tem frequentemente elogiado o Kinzhal como exemplo de equipamento militar russo capaz de enfrentar a Otan, a principal aliança militar ocidental.

Na medida em que a Ucrânia se prepara para uma aguardada contraofensiva, a Rússia está lançando ataques aéreos de longo alcance com mais frequência. Em maio, oito rajadas de drones e mísseis foram lançadas. No início deste mês, a Ucrânia alegou ter derrubado um único míssil Kinzhal sobre Kiev pela primeira vez.

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+ Zelensky nega que planeja ataques a territórios na Rússia

Na última semana, as forças ucranianas obtiveram seus maiores ganhos no campo de batalha desde novembro passado, recapturando vários quilômetros quadrados de território nos arredores norte e sul da cidade de Bakhmut. Moscou reconheceu que algumas de suas tropas recuaram, mas nega que suas linhas de batalha estejam desmoronando.

Kiev diz que esses avanços são localizados e ainda não representam toda a força de sua próxima contraofensiva, que deve aproveitar centenas de tanques modernos e veículos blindados enviados pelo Ocidente este ano. Essa contraofensiva promete trazer a próxima grande fase da guerra depois de uma enorme ofensiva de inverno russa que não conseguiu capturar um novo território significativo.

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