Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

TV australiana admite erro ao entrevistar ‘fã de Hitler’

Blair Cottrell tem ficha criminal por intolerância religiosa e é conhecido por sua proposta de pendurar imagens do líder nazista nas salas de aula

Por Da Redação
Atualizado em 6 ago 2018, 15h40 - Publicado em 6 ago 2018, 13h33

Uma rede de TV da Austrália admitiu nesta segunda-feira, 6, ter “errado” ao entrevistar Blair Cottrell, ex-líder de um movimento de extrema-direita que possui ficha criminal e já se mostrou simpatizante do líder do regime nazista, Adolf Hitler, em outras ocasiões.

A conversa cara-a-cara, exibida no domingo pela Sky News Australia, tinha como tema central a questão da imigração no país e gerou revolta nas redes sociais pelo fato de a emissora conceder espaço de destaque para o simpatizante nazista se expressar.

Cottrell foi condenado no ano passado por incitar o desprezo aos muçulmanos. Segundo expectadores, ele já era conhecido por pedir que imagens de Hitler fossem penduradas nas salas de aula de todas as escolas australianas.

A Sky News Australia respondeu no domingo com uma publicação em sua conta no Twitter, garantindo que as opiniões do entrevistado “não refletem” as da emissora e que a entrevista já foi retirada de todas as plataformas online.

Continua após a publicidade

Cottrell é o ex-líder do grupo anti-imigração australiano United Patriots Front (UPF, na sigla em inglês). Ele foi entrevistado por Adam Giles, um apresentador da Sky News que já foi ministro-chefe do estado de Northen Territory de 2013 a 2016.

A entrevista foi criticada até por outros membros da equipe da emissora, incluindo jornalistas. “Blair Cottrell é um fascista de extrema-direita que é um fã de Hitler confesso. Ele se vangloria de usar ‘violência e terror’ para manipular mulheres”, tuitou a apresentadora Laura Jayes.

Ex-ministro do governo que atualmente participa de programas do canal como comentarista, Craig Emerso disse que este foi “mais um passo em uma jornada para normalizar o racismo e a intolerância em nosso país”. Ele afirmou ainda que não apareceria na rede novamente, destacando que seu pai lutou contra nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e ficou detido em um campo de prisioneiros de guerra alemão.

Continua após a publicidade

Cottrell usou a entrevista na emissora para pedir ao governo australiano que reduza a imigração, proteja-se de “ideologias estrangeiras” e “recupere a identidade tradicional”. Mais tarde, ele afirmou ainda que a Sky News sucumbiu à pressão para “silenciá-lo”.

No ano passado, Cottrell e outros dois membros do UPF foram considerados culpados por incitar o ódio aos muçulmanos, depois que os três encenaram uma decapitação por parte de extremistas islâmicos para protestar contra a construção de uma mesquita. Um vídeo da cena foi postado no Facebook de Cottrell.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.