Trump usa tatuagens para justificar deportação ilegal de homem
Kilmar Ábrego Garcia foi enviado para El Salvador e Suprema Corte dos EUA já ordenou revogação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afrontar a Suprema Corte do país ao publicar, na rede Truth Social, na noite de sexta-feira 18, uma imagem para tentar justificar a deportação ilegal de Kilmar Armando Ábrego García, enviado para El Salvador. Na foto, o republicano segura uma foto que seria do imigrante e o acusa de fazer parte da gangue MS-13, sem apresentar mais provas disso.
O homem de 29 anos foi enviado para o país Nayib Bukele, conhecido pelo seu autoritarismo contra gangues, erroneamente em março. Tanto uma juiza de primeira instância quanto a Suprema Corte americana já ordenaram que o governo Trump tomasse medidas para devolver o imigrante aos EUA, mas nada foi feito até o momento.
“Esta é a mão do homem que os democratas acham que deveria ser trazido de volta aos Estados Unidos, porque ele é “uma pessoa tão boa e inocente”. Disseram que ele não é membro da MS-13, embora tenha a sigla MS-13 tatuada nos nós dos dedos, e dois Tribunais Altamente Respeitados consideraram que ele era membro da MS-13, espancou a esposa, etc. Fui eleito para tirar pessoas más dos Estados Unidos, entre outras coisas. Preciso ter permissão para fazer o meu trabalho”, escreveu Trump.
A própria defesa do governo americano reconheceu o erro do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE). “No dia 15 de março, embora o ICE estivesse ciente de que ele tinha proteção contra deportação para El Salvador, Abrego Garcia foi removido para El Salvador devido a um erro administrativo”, afirmou.
A gestão Trump alega, contudo, que não tem poder para obrigar a administração salvadorenha a devolver García. Enquanto isso, a nação da América Central afirmou que não é sua responsabilidade corrigir o erro. Na sexta, o senador democrata Chris Van Hollen encontrou-se com o imigrante.