Trump recua e financiamento do muro pode ficar fora do Orçamento
Para garantir a aprovação da lei orçamentária e evitar a paralisação do governo, presidente disse que pode esperar para conseguir a verba para o muro
Donald Trump, sofreu mais uma derrota política e, ante a ameaça de paralisação do governo dos Estados Unidos, recuou da exigência de que o Congresso incluísse o financiamento do muro na fronteira com o México na legislação orçamentária que será aprovada neste fim de semana.
Caso o Orçamento para o período entre 29 de abril e 30 de setembro não seja aprovado até o primeiro minuto de sábado, o financiamento governamental irá acabar e centenas de milhares de servidores públicos do país serão dispensados temporariamente.
Com a pressão para a inclusão de fundos para a obra, Trump vinha correndo o risco de os opositores travarem a aprovação e o culparem pela interrupção parcial do governo a partir de sábado – dia em que o presidente, cujos índices de aprovação despencaram desde que tomou posse, irá comemorar seus 100 dias no cargo.
Em comentários feitos a veículos de imprensa conservadores na noite de segunda-feira, que foram confirmados pela Casa Branca, Trump disse que pode esperar até que seus colegas republicanos esbocem o plano orçamentário para o ano fiscal que começa em 1º de outubro para buscar fundos para o muro.
Os republicanos controlam as duas casas do Congresso, mas o atual projeto de lei de gastos, que tem que ser aprovado até a noite de sexta-feira, precisa de 60 votos dos 100 membros do Senado, onde os republicanos têm 52 cadeiras, o que significa que ao menos alguns democratas teriam que apoiá-lo. Líderes democratas disseram que o projeto não receberá votos do partido se os fundos para o muro forem incluídos.
A notícia sobre os comentários de Trump ajudou a provocar um alta no rendimento dos título da dívida do Tesouro dos EUA.
Ainda que a disputa a respeito do financiamento do muro tenha terminado, republicanos e democratas ainda têm alguns temas difíceis para resolver ao longo dos próximos dois dias.
(Com Reuters)