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Trump pede à China investigação sobre Joe Biden e seu filho

Líder americano desafia democratas e o próprio processo de impeachment com ameaça velada a Pequim

Por Da Redação
3 out 2019, 13h40

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou publicamente à China nesta quinta-feira, 3, por uma investigação de seu potencial adversário nas eleições de 2020, o democrata Joe Biden. A declaração surpreendeu a imprensa americana por surgir no momento em que o líder americano se tornou alvo de um processo de impeachment movido pela Câmara dos Deputados por ter feito pedido similar ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“A China pode começar uma investigação dos Bidens”, afirmou, referindo-se também a Hunter, filho do ex-vice-presidente. “É certamente algo em que podemos começar a pensar”, completou depois, ao responder se pediria ao líder chinês, Xi Jinping, segundo o jornal The New York Times.

Trump falava anteriormente sobre a próxima rodada de negociações com a China, com o objetivo de acabar com a guerra comercial por ele iniciada, quando tomou a iniciativa de fazer seu pedido público a Pequim e enviar uma ameaça nada sutil. “Eu tenho muitas opções sobre a China. Mas se eles não fizemos o que queremos, nós temos um poder tremendo”, afirmou.

Sua nova ofensiva é claro sinal de que não abandonará o uso da política externa dos Estados Unidos contra Biden e de que o processo de impeachment não será suficiente para paralisá-lo.

Em seu telefonema a Zelensky, em julho passado, Trump mostrou-se interessado na possível em descortinar algum eventual ilícito na atuação de Hunter Biden no conselho diretor da empresa de energia Burima. Também tentou confirmar a possível ingerência de Joe Biden na política interna ucraniana quando pediu, em 2016, a demissão do procurador-geral do país. Desta vez, Trump espera extrair algo de uma suposta retirada de Hunter de fundo de investimento do Banco da China.

Em 2016, durante sua campanha para a Casa Branca, Trump teria obtido ajuda da Rússia para atacar sua oponente, a democrata Hillary Clinton, no episódio de sua conta privada de emails usada quando era secretária de Estado.

(Com AFP)

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