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Trump e Putin falam em encontro ‘produtivo’, mas sem acordo para cessar-fogo na Ucrânia

Presidente dos EUA afirmou que houve 'muitos pontos' de concordância e que ligará para líderes europeus e Zelensky para atualizá-los

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2025, 20h29 - Publicado em 15 ago 2025, 20h11

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerraram uma reunião nesta sexta-feira, 15, sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, o principal objetivo da cúpula realizada no Alasca. As negociações duraram cerca de três horas — bem menos do que as sete horas previstas pelo Kremlin mais cedo nesta sexta.

Em entrevista coletiva, ao lado do líder russo, Trump disse que conversas foram “produtivas”, mas que “não há um acordo fechado”, embora exista “uma boa chance de chegar lá”. Não é claro, no entanto, se as negociações resultaram em passos significativos em direção a um cessar-fogo no conflito mais mortal na Europa em oito décadas.

“Havia muitos, muitos pontos em que concordávamos — a maioria deles, eu diria. Alguns pontos importantes nos quais ainda não chegamos lá, mas já fizemos algum progresso”, disse Trump. A cúpula foi a primeira entre líderes dos dois países desde 2018, assim como a primeira entre russos e americanos desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

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Na sequência, o presidente americano afirmou que ligaria para líderes europeus e da Otan, a principal aliança militar ocidental, para atualizá-los sobre o conteúdo da reunião.

“Vou ligar para a Otan daqui a pouco. Vou ligar para as várias pessoas que considero apropriadas. E, claro, vou ligar para o presidente [Volodymyr] Zelensky e contar a ele sobre a reunião de hoje. Em última análise, a decisão é deles”, disse Trump. O presidente ucraniano não foi convidado para a cúpula no Alasca.

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Antes do encontro, aliados europeus haviam levantado preocupações de que Trump poderia reconhecer, mesmo que informalmente, controle russo sobre partes da Ucrânia, após o americano afirmar que “trocas territoriais” seriam necessárias para alcançar um fim permanente da guerra. Em caso de um eventual aval americano, líderes europeus temem que Moscou se empodere com o resultado e invada mais países.

Durante sua fala, Putin disse que a Rússia está “sinceramente interessada” em cessar o conflito na Ucrânia. Para um acordo duradouro, segundo o russo, é preciso “eliminar todas as raízes do conflito”, alertando também líderes ucranianos e europeus a não interferirem o “processo emergente” de negociações com os EUA.

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“Esperamos que Kiev e as capitais europeias percebam tudo isso de forma construtiva e não criem obstáculos, nem tentem interromper o progresso emergente por meio de provocações e intrigas de bastidores”, disse.

As condições da Rússia para um eventual cessar-fogo seguem inalteradas, segundo o Kremlin, girando em torno da retirada completa de tropas de Kiev das regiões que Moscou pretende anexar (cerca de 20% do território do vizinho) e o abandono das ambições ucranianas de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental.

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Após relatos na imprensa de que Washington entendia que o presidente russo, Vladimir Putin, estava pronto para ceder em suas demandas territoriais, o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexei Fadeev, rejeitou quaisquer mudanças.

+ ‘Não vou deixar Putin me enganar’, diz Trump antes de cúpula sobre Ucrânia

“A posição da Rússia permanece inalterada e foi expressa neste mesmo salão há pouco mais de um ano, em 14 de junho de 2024”, disse Fadeev, referindo-se a um discurso proferido por Putin na época no Ministério das Relações Exteriores.  Atualmente, a Rússia controla 19% da Ucrânia, incluindo toda a Crimeia, toda Luhansk, mais de 70% das regiões de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, e partes das regiões de Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.

Entram também no pacote de condições, segundo as agências estatais russas Tass e Interfax, a retirada completa de tropas ucranianas dos territórios desejados por Moscou, a interrupção de fornecimento de armas e inteligência do Ocidente à Ucrânia, a limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto armas, e realização de novas eleições. Putin não reconhece Volodymyr Zelensky como líder legítimo da Ucrânia, afirmando que ele teria continuado no poder ilegalmente neste ano (eleições estavam previstas, mas não aconteceram devido ao estado de guerra).

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