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Líderes mundiais lamentam morte de ‘Bush pai’; veja repercussão

Ex-líder Mikhail Gorbachev, com quem ex-presidente assinou tratado para limitar o número de mísseis nucleares, manifestou condolências

Por Da Redação Atualizado em 1 dez 2018, 15h12 - Publicado em 1 dez 2018, 10h07

Líderes internacionais de diversos países, dentre os quais o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o soviético Mikhail Gorbachev, manifestaram condolências pela morte do ex-presidente norte-americano, George Herbert Walker Bush, e destacaram sua dedicação ao serviço público. O ex-presidente Barack Obama descreveu Bush como “patriota e humilde servidor”.

Pelo Twitter, Trump destacou a liderança de Bush no “vitorioso fim” da Guerra Fria. “Com bom critério, bom senso e uma liderança imperturbável, o presidente Bush guiou nossa nação e o mundo a um pacífico e vitorioso fim da Guerra Fria”, declarou Trump em comunicado conjunto com sua esposa, a primeira-dama Melania Trump.

Em 2016, apesar de seus persistentes problemas de saúde, Bush tornou pública sua rejeição a Trump depois que nas primárias republicanas o agora presidente dirigiu fortes ataques contra seu filho e ex-governador da Flórida, Jeb Bush.

Bush morreu nesta sexta-feira aos 94 anos, oito meses depois de sua esposa e ex-primeira-dama, Bárbara, com quem esteve casado por 73 anos. A morte foi comunicada pelo seu filho e também ex-presidente, George W. Bush.

“Jeb, Neil, Marvin, Doro e eu estamos tristes em anunciar que, depois de 94 anos extraordinários, nosso querido pai morreu. George HW Bush era um homem do mais alto nível e o melhor pai que um filho ou filha poderia pedir”, escreveu o filho.

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Gorbachev, último presidente da extinta União Soviética e com quem Bush assinou em 1991 o Tratado de Redução de Armas Estratégicas para limitar o número de mísseis nucleares manifestou “condolência profunda” à família de Bush e a todos os americanos.

À agência de notícias Interfax, declarou que a época da Guerra Fria “demandou grande responsabilidade de cada um, e que o resultado foi o fim da corrida por armamentos nucleares”. Gorbachev disse também que ele e sua esposa, Raisa, “apreciaram profundamente a atenção, o cuidado e a simplicidade típica de George e Barbara Bush, assim como do resto de sua grande e amigável família”.

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Jeb, Neil, Marvin, Doro, and I are saddened to announce that after 94 remarkable years, our dear Dad has died. George H. W. Bush was a man of the highest character and the best dad a son or daughter could ask for. The entire Bush family is deeply grateful for 41’s life and love, for the compassion of those who have cared and prayed for Dad, and for the condolences of our friends and fellow citizens.

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O ex-presidente Barack Obama também manifestou seu pesar. “A América perdeu um patriota e humilde servidor George Herbert Walker Bush. Enquanto nossos corações estão pesados hoje, eles também estão cheios de gratidão. Nossos pensamentos estão com toda a família Bush esta noite – e todos os que foram inspirados pelo exemplo de George e Barbara.”

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O ex-presidente Bill Clinton destacou a amizade com seu antecessor. “Hillary e eu lamentamos o falecimento do presidente George H. W. Bush, e agradecemos por sua longa vida de serviços, amor e amizade. Sou grato por cada minuto que estive com ele, e sempre guardarei nossa amizade como um dos maiores presentes de minha vida”

Clinton lembrou que, após ter deixado a Casa Branca, Bush continuou trabalhando pela recuperação das regiões asiáticas atingidas por tsunamis e junto ao governo norte-americano após o furacão Katrina, que devastou o sul do país.

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O líder tibetano Dalai Lama afirmou que Bush foi o primeiro presidente norte-americano que ele teve o “privilégio de conhecer”. “Lembro de ter me sentido profundamente tocado por sua preocupação com o povo tibetano e a situação no Tibet”, disse. “Nada pode substituir a perda de um pai, mas podemos nos alegrar com o fato de que ele teve uma vida significativa, dedicada ao serviço público”, acrescentou.

Líderes britânicos também divulgaram notas após a morte do ex-presidente americano. A primeira ministra, Theresa May, disse que Bush foi “um grande estadista e amigo verdadeiro” do Reino Unido. May comentou ainda que, ao trabalhar para um “fim pacífico da Guerra Fria”, Bush “tornou o mundo um lugar mais seguro para as gerações futuras”.

John Major, primeiro-ministro britânico entre 1990 e 1997, quando Bush era presidente, afirmou à BBC que o norte-americano “enxergou a obrigação dos Estados Unidos (à época) com o mundo e a honrou”. “Ele foi, simplesmente, uma das pessoas mais profundamente decentes que eu já conheci”, declarou Major.

O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou pelo Twitter que Bush foi “um líder global, que apoiou fortemente a aliança com a Europa”.

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O presidente Michel Temer também pronunciou-se pelo Twitter. “Recebi com pesar a notícia do falecimento do ex-Presidente dos EUA George H. W. Bush, líder respeitado em seu país e no mundo. Nossos sentimentos à família e ao povo dos EUA.”

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, declarou que Bush foi um dos “arquitetos” da reunificação alemã na década de 1990. “Estamos de luto por um grande estadista e amigo da Alemanha”, disse Maas em nota. Bush era presidente quando o Muro de Berlim foi derrubado, em 1989, e deu apoio à reunificação do país menos de um ano depois. “Ele corajosamente aproveitou a oportunidade para acabar com a Guerra Fria”.

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, afirmou que o “Presidente Bush foi a personificação dos valores dos Estados Unidos, defendendo o que era certo e lutando durante toda sua vida contra a tirania e a opressão de qualquer forma”.

No Kuwait, importante nação produtora de petróleo, o Emir Sheikh Sabah Al Ahmad Al Sabah ofereceu condolências ao filho de George Bush, o também ex-presidente George W. Bush. Sheikh lembrou dos esforços de Bush para “criar uma nova ordem internacional baseada na justiça e na igualdade entre as nações” e disse ainda que o ex-presidente norte-americano jamais esqueceu o povo do Kuwait. A liderança de Bush na Guerra do Golfo (1990-1991) permitiu a saída do Iraque do Kuwait com um número mínimo de vítimas americanas.

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Já no Irã, uma emissora de TV estatal informou a morte de Bush descrevendo-o como um dos “outros presidentes dos EUA que desejavam ver o colapso da República Islâmica”.

(Com Estadão Conteúdo)

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