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Trump diz que planeja invocar lei de 1807 que permite uso de força militar para conter protestos

George H.W. Bush foi o último líder americano a invocar a Lei da Insurreição, em 1992, também para controlar atos em Los Angeles

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jun 2025, 16h06

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 10, que planeja invocar a Lei da Insurreição, de 1807, caso seja constatado que os protestos contra as políticas de imigração do governo americano em Los Angeles, na Califórnia, configuram uma forma de insurreição. O dispositivo dá sinal verde para o uso de força militar para conter crises — no passado, por exemplo, a lei foi acionada para reprimir o avanço do grupo supremacista Ku Klux Klan, criado em 1865, no país.

“Se houver uma insurreição, eu certamente a invocarei”, disse Trump na Casa Branca. “Veremos. Mas posso dizer… a noite passada foi terrível. A noite anterior foi terrível.”

George H.W. Bush foi o último líder americano a invocar a Lei da Insurreição, em 1992, para controlar protestos em Los Angeles contra o absolvição de polícias, três brancos e um hispânico, que espancaram o motorista negro Rodney King. A cidade na Califórnia testemunhou cinco dias de manifestações, levando a debates sobre abuso policial e racismo — assuntos que perduram até hoje, décadas após a agressão contra King, devido a casos persistentes de violência contra a população negra.

Os protestos em Los Angeles tiveram início na semana passada, atingindo o ápice no final de semana, mas se espalharam para outras partes do país. Atos contra a atuação dos Serviços de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) no governo Trump também foram registrados em Nova York, São Francisco, Chicago e Washington. A polícia entrou em confronto com manifestantes Dallas e Austin, no Texas, nesta segunda-feira, 9.

+ Fuzileiros navais chegam a Los Angeles sob ordens de Trump para conter onda de protestos

Ordem de Trump

Sob ordens de Trump, centenas de fuzileiros navais chegaram em Los Angeles nesta terça-feira, com objetivo de conter os protestos que tomaram a cidade desde o fim de semana. A medida do governo federal foi tomada sem o aval do governador do estado, o democrata Gavin Newsom, e tem sido criticada por autoridades locais.

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Desde sexta-feira, 6, manifestações se espalharam por bairros majoritariamente latinos após a detenção de ao menos 50 pessoas em batidas da ICE. Em várias das manifestações, a resposta das forças de segurança incluiu gás lacrimogêneo, balas de borracha e prisões. Segundo a polícia, 56 pessoas foram detidas em Los Angeles nos últimos três dias.

Ao todo, 700 fuzileiros navais foram deslocados da base de Twentynine Palms, no deserto californiano, e agora ocupam pontos estratégicos da cidade. Embora não tenham autorização legal para prender civis, os militares atuarão na proteção de edifícios federais e de pessoal do governo. Outros 2.100 membros da Guarda Nacional já patrulham a região. O Pentágono estima que a operação custará cerca de 134 milhões de dólares aos cofres públicos.

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