Trump diz que não é ‘amigo’ de Bolsonaro, mas reforça teoria de caça às bruxas
Na terça-feira, representação dos EUA no Brasil havia dito que acompanha situação 'de perto'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ressaltou nesta terça-feira, 15, que não é amigo de Jair Bolsonaro, mas voltou a criticar uma suposta caça às bruxas contra o ex-presidente brasileiro.
“Eu acredito que é uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo. (…) Ele não é um amigo meu, ele é alguém que eu conheço. E eu o conheço como um representante de milhões de pessoas”, disse a repórteres na Casa Branca.
Ao longo da breve fala, Trump também afirmou que “Bolsonaro não é um homem desonesto” e que “ninguém está feliz com o que o Brasil está fazendo porque Bolsonaro era um presidente respeitado”.
Mais cedo, na noite de segunda-feira, a Embaixada dos EUA no Brasil republicou uma mensagem publicada mais cedo pelo subsecretário Darren Beattie, que atua no Departamento de Estado, comandado por Marco Rubio. Na postagem no X, a representação americana volta a defender Jair Bolsonaro e diz que acompanha a situação “de perto”.
“Trump enviou uma carta impondo consequências há muito esperadas ao Supremo Tribunal de Moraes e ao governo Lula, em resposta aos ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio dos EUA”, diz o texto. “Esses ataques são vergonhosos e desrespeitam as tradições democráticas do Brasil. As declarações do presidente Trump são claras. Estamos acompanhando de perto a situação.”
Na semana passada, Trump publicou na sua rede social Truth Social uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que anunciava a aplicação de uma tarifa de 50% sobre a importação de todos os produtos brasileiros pelos Estados Unidos a partir do dia 1º de agosto. No texto, Trump afirmava que o julgamento de Bolsonaro não deveria estar acontecendo e que o Brasil ataca “eleições livres” e viola a “liberdade de expressão”.