Trump diz que deixará de lado acordo de paz se Ucrânia e Rússia ‘dificultarem’
Presidente dos EUA quer ver 'entusiasmo' de ambos os lados para encerrar a guerra

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 18, que pode “deixar de lado” o acordo de paz que sua diplomacia vem tentando costurar para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia caso ambos os lados “dificultem” as negociações. Mais cedo, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia dito que Washington abandonará os esforços de mediação “dentro de alguns dias” se não houver sinais claros de progresso.
Trump conversou com repórteres durante a cerimônia de posse de Mehmet Oz (do programa de TV The Dr. Oz Show, onde celebrava curas alternativas e vendia suplementos) como administrador dos dos programas sociais Medicare e Medicaid (sujeitos a cortes drásticos).
“Vamos realizá-lo de forma ideal. Se, por algum motivo, uma das duas partes dificultar muito, vamos simplesmente deixar de lado. Tomara que não precisemos fazer isso”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, quando questionado sobre o acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
Ele acrescentou que quer ver “entusiasmo” de ambas as partes e disse acreditar que há uma “boa chance de resolver o problema”.
Alerta do chanceler
Rubio já havia avisado nesta manhã que Trump não está disposto a seguir em frente, a menos que haja um avanço nas discussões.
“Não vamos continuar com esse esforço por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora — e estou falando de questão de dias — se isso é viável nas próximas semanas. Se for, estamos dentro”, disse Rubio em Paris, após se reunir com líderes europeus e ucranianos.
“Se não for possível, se estivermos tão distantes que isso não vá acontecer, então acho que o presidente provavelmente chegará a um ponto em que dirá: ‘bem, terminamos'”, acrescentou o secretário de Estado.
Durante a campanha eleitoral, Trump disse que encerraria a guerra no Leste Europeu nas primeiras 24 horas após assumir a Casa Branca. Posteriormente, sugeriu que um acordo poderia vir até abril ou maio. Neste meio tempo, fez acenos ao presidente russo, Vladimir Putin, ao mesmo tempo em que discutiu com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o acusou de ser culpado pelo conflito.