Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Trump deseja bom Ramadã aos muçulmanos

Em comunicado, Casa Branca elogia contribuição do Islã à ´tapeçaria religiosa americana´; momento é de tensão no Oriente Médio

Por Da Redação
Atualizado em 15 Maio 2018, 18h28 - Publicado em 15 Maio 2018, 16h18

Justamente no momento em que as crises no Oriente Médio se tornaram mais delicadas após intervenções da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou uma mensagem “enviando seus cumprimentos” e desejando “felicidades” aos muçulmanos, que iniciam o Ramadã na noite desta terça-feira 15.

“O Ramadã nos lembra da riqueza que os muçulmanos acrescentam à tapeçaria religiosa da vida americana. Nos Estados Unidos, todos somos abençoados por viver sob uma Constituição que promove a liberdade religiosa e respeita a prática religiosa”, diz o presidente, na mensagem distribuída pela Casa Branca.

“Quando tantas pessoas se unem para celebrar o Ramadã, Melania e eu nos juntamos na esperança de um mês abençoado”, acrescentou Trump.

Na segunda-feira, os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém, após o reconhecimento da cidade como capital israelense. O ato intensificou ainda mais os protestos de palestinos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Os confrontos entre manifestantes e soldados deixaram ao menos  sessenta mortos, segundo as autoridades palestinas.

O status de Jerusalém é, talvez, o problema mais delicado do conflito palestino-israelense. Israel considera a cidade inteira sua capital, enquanto os palestinos consideram Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.

Continua após a publicidade

Os Estados Unidos são o primeiro país a ter em Israel sua máxima representação diplomática desde 2006, depois que os países retiraram sua respectiva embaixada a pedido da comunidade internacional, por causa da anexação israelense da parte ocupada palestina em 1980, uma ação que não é reconhecida internacionalmente.

Somam-se às decisões polêmicas da Casa Branca em relação ao Oriente Médio, a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, no último dia 10, e a imposição de sanções econômicas a Teerã. Washington também tomou a iniciativa de bombardear instalações sírias, juntamente com o Reino Unido e a França, como reação a um suposto ataque químico das forças militares da Síria contra civis. A autoria desse ataque, porém, não foi ainda identificada.

O que é o Ramadã?

Ramadã é o nome do nono mês do calendário islâmico, momento em que os muçulmanos celebram a revelação do Corão, o livro sagrado do Islã, ao profeta Maomé. Os muçulmanos passam os dias do mês do Ramadã em jejum e acreditam que a experiência funciona para exercer a paciência, praticar a proximidade com Deus e generosidade com os outros.

Continua após a publicidade

O início do Ramadã depende do início do ciclo da lua crescente no calendário islâmico. Neste ano, o ciclo começa na noite desta terça-feira, 15 de maio.

No período, os muçulmanos acordam antes do nascer do sol para fazer uma refeição, conhecida como suhoor, e fazer sua oração matinal. Depois jejuam durante todo o dia e só comem novamente após o pôr do sol, na refeição chamada de iftar.

Os homens e mulheres muçulmanos saudáveis são obrigados a jejuar durante o mês de acordo com os ensinamentos islâmicos. Crianças, pessoas que estão doentes ou que têm doenças mentais, idosos, viajantes e mulheres que estão menstruadas, no pós-natal, grávidas ou que estão amamentando não precisam jejuar.

Continua após a publicidade

Quebra de tradição

Em 2017, Trump quebrou uma tradição de quase vinte anos ao decidir não comemorar o fim do Ramadã. Desde a administração de Bill Clinton, os líderes americanos organizavam anualmente um jantar “iftar” na Casa Branca, que marca o fim do período de celebração.

A tradição foi mantida anualmente desde 1999 – sob comando de Clinton, George W. Bush e Barack Obama –, com a presença de diplomatas e líderes da comunidade muçulmana.

O jantar era esperado pelos muçulmanos por seu significado de união, assim como aconteceu após o 11 de setembro de 2001, ano em que Bush realizou o evento. Desde a campanha presidencial, porém, Trump mantém uma relação conturbada com a minoria religiosa em seu país. A tensão aumentou quando o presidente tentou passar uma medida antiterrorismo, barrada na Justiça, que proibia cidadãos de sete países de maioria muçulmana de entrar nos Estados Unidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.