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Trump dá prazo de uma semana para Zelensky responder ao plano de paz para Ucrânia

Proposta prevê capitulação da Ucrânia, que teria de ceder parte de seu território, reduzir o tamanho das suas forças armadas e desistir de aderir à Otan

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 nov 2025, 16h18

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 21, que o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem uma semana para responder ao plano de 28 pontos elaborado por ele para o fim da guerra. Zelensky recebeu a proposta de Trump na véspera. O documento é favorável à Rússia e prevê a rendição da Ucrânia, que teria de ceder parte de seu território, reduzir o tamanho das suas forças armadas e desistir de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental.

“Temos muitos prazos a cumprir, mas quinta-feira parece um momento apropriado”, afirmou Trump em entrevista à emissora americana Fox News. A data é Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

O republicano argumentou que a Ucrânia está “perdendo território agora” e que o conflito era “um banho de sangue”, acrescentando sobre os combates: “Era para ser uma questão de um dia e já dura quatro anos”. Em campanha, Trump prometeu acabar com a guerra contra a Rússia em “24 horas” — o que não aconteceu em 10 meses de governo. Embora o plano beneficie Moscou, o líder americano adiantou que “as sanções vão continuar, e são muito fortes, porque toda a economia deles (da Rússia) é baseada no petróleo”.

Em resposta, Zelensky advertiu que o país foi colocado diante de uma encruzilhada: perder a “dignidade” ou apoio de “um parceiro fundamental”, em referência aos EUA. Em pronunciamento por vídeo, uma atividade diária do ucraniano, ele disse que “a pressão sobre a Ucrânia está agora no seu ponto mais intenso” e alertou que “os riscos mais difíceis e iminentes são uma vida sem liberdade, sem dignidade, sem justiça, e acreditar em alguém que já nos atacou duas vezes”.

+ Zelensky diz que plano de Trump coloca Ucrânia entre perder ‘dignidade’ ou apoio dos EUA

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O plano

De acordo com documentos preliminares vistos por diversos veículos da imprensa ocidental, a Ucrânia cederia a região de Donbass à Rússia, uma exigência antiga de Moscou.

“Crimeia, Luhansk e Donetsk serão reconhecidas como território russo de fato, inclusive pelos Estados Unidos”, diz o texto. Kiev ainda controla parcialmente as regiões de Luhansk e Donetsk, que juntas formam o cinturão industrial de Donbass, na linha de frente da guerra. A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014.

Segundo a proposta, as áreas de onde a Ucrânia recuaria em Donetsk seriam consideradas uma zona desmilitarizada, na qual as forças russas não entrariam. Enquanto isso, as regiões de Kherson e Zaporizhzhia, no sul – que a Rússia alega ter anexado –, teriam as linhas de frente “congeladas”, efetivamente dando aos russos o controle das terras que já ocupa. Nelas está a usina nuclear de Zaporizhzhia, que, controlada por Moscou desde 2022, passaria para a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear das Nações Unidas. A eletricidade produzida lá seria compartilhada entre a Rússia e a Ucrânia.

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O plano exige que a Ucrânia reduza seu exército quase pela metade, para 600 mil soldados. A Otan concordaria em não enviar soldados à Ucrânia – frustrando as esperanças de Kiev de ter uma força europeia de manutenção de paz – e o país seria impedido de ingressar na aliança militar ocidental. O ponto também está de acordo com condições da Rússia, e contraria as exigências anteriores dos ucranianos.

A Ucrânia receberia “garantias de segurança confiáveis”, mas sem especificar quais. O plano concede que aviões europeus seriam estacionados na vizinha Polônia.

De acordo com a proposta, Moscou seria “reintegrada à economia global” após quase quatro anos de duras sanções, inclusive com sua readmissão no G8 (hoje G7, grupo das sete maiores economias do mundo).

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“Espera-se que a Rússia não invada os países vizinhos e que a OTAN não se expanda ainda mais”, afirma o documento. Caso houvesse uma nova invasão à Ucrânia, todas as sanções seriam restabelecidas novamente – “além de uma resposta militar decisiva e coordenada”.

Ademais, US$ 100 bilhões em ativos russos retidos em bancos europeus seriam destinados à reconstrução da Ucrânia, enquanto os fundos congelados restantes seriam direcionados a um fundo de investimento russo-americano separado, “com o objetivo de fortalecer as relações e aumentar os interesses comuns para criar um forte incentivo para não retornar ao conflito”.

O plano afirma ainda que a Ucrânia realizaria eleições em até 100 dias, e que tanto Kiev quanto Moscou implementariam “programas educacionais em escolas e na sociedade com o objetivo de promover a compreensão e a tolerância a diferentes culturas e eliminar o racismo e o preconceito”.

 

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