Trump critica republicanos por enfraquecerem o comitê de ética
O presidente eleito também criticou a GM e disse que ela deveria ser taxada por algumas versões do modelo Cruze que são importadas do México para o país
Donald Trump criticou nesta terça-feira os legisladores do Partido Republicano, que discretamente tentaram cortar os poderes do comitê de ética encarregado de investigar os próprios membros do Congresso. A bancada republicana adotou, na noite de segunda-feira, uma modificação do regulamento interno que torna praticamente ineficiente o comitê responsável por investigar a conduta dos legisladores. Depois de muitas críticas, os congressistas voltaram atrás e retiraram o projeto de pauta.
O Comitê de Ética, que foi criado em 2008, não será suprimido, mas rebatizado e, em vez de ser um órgão independente, ficará nas mãos dos próprios legisladores, que terão poder de encerrar as investigações em andamento. Os legisladores se queixavam de que as investigações realizadas não respeitavam a presunção de inocência.
“Realmente tinham que fazer do enfraquecimento deste organismo ético independente, por mais injusto que fosse, sua primeira medida e principal prioridade?”, questionou Trump noTwitter. “Concentrem-se na reforma fiscal, no sistema público de saúde e muitas outras coisas que são mais importantes!”, acrescentou.
Sobrou para a GM — Trump também criticou nesta terça a General Motors e afirmou que ela deveria ser taxada por algumas versões do modelo Cruze que são importadas do México para o país. A empresa usa a fábrica de Lordstown, em Ohio, para montar a maior parte dos veículos deste modelo que vende em território americano. Outras versões, incluindo um modelo hatchback, são importados da fábrica de Ramos Arizpe, do outro lado da fronteira.
Em um tuíte publicado nesta manhã, Trump escreveu: “A GM está enviando modelos do Cruze montados no México para revendedores americanos sem pagar impostos. Monte-os nos EUA ou pague as taxas!”. Em um comunicado, a GM afirmou que monta apenas a versão hatchback do Cruze “para os mercados globais no México, e uma pequena parte deles é vendida nos EUA”.
(Com agências France-Presse e Reuters)