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Trump anuncia suspensão das manobras militares dos EUA na Coreia do Sul

O presidente americano concorda com Kim Jong-un ao considerar tais exercícios como provocativos e afirma que a suspensão trará economia aos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 12 jun 2018, 14h15 - Publicado em 12 jun 2018, 07h43

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira 12 a suspensão dos “jogos de guerra” na península coreana, embora tenha afirmado que pelo menos por enquanto não deve reduzir o número de militares no território sul-coreano.  O anúncio foi feito logo após a histórica cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A suspensão das manobras militares da península significará “uma tremenda economia” para os Estados Unidos, segundo Trump, que também classificou estes exercícios como “provocativos”, durante sua entrevista coletiva após o fim da histórica cúpula realizada em Singapura com Kim Jong-un.

“Fizemos esses exercícios durante muito tempo ao lado da Coreia do Sul“, disse Trump, que os chamou de “extremamente caros” e disse que Seul contribui economicamente para eles, “embora não 100%”.

O presidente americano acrescentou que essas manobras são “muito provocativas” e afirmou que “sob as atuais circunstâncias, é inadequado realizar jogos de guerra” e que sua suspensão “é algo que agradecerá (a Coreia do Norte)”.

No entanto, Trump disse que as capacidades militares dos Estados Unidos “não serão reduzidas” na Coreia do Sul, onde Washington conta com cerca de 28.500 soldados.

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“Quero poder devolvê-los em algum momento, mas isso não faz parte do que estamos discutindo hoje”, afirmou o presidente, ao ser perguntado pelos veículos de imprensa sobre a possível retirada das tropas.

Trump fez esse anúncio sobre as manobras conjuntas depois que Pyongyang voltou a condenar os exercícios no início do mês, que considera uma simulação de invasão de seu território, e que o regime insistiu em que são contrários ao estipulado pelas duas Coreias na sua histórica cúpula de abril. Os exercícios do mês anterior resultaram na suspensão de uma reunião com altos funcionários entre as Coreias e quase comprometeu esse encontro entre Trump e Kim.

Além disso, o presidente americano afirmou que “não queria realizar ameaças”, após a pergunta de um jornalista sobre as possíveis ações militares que ele considera caso a Coreia do Norte não respeite o que foi estipulado hoje em Singapura.

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No entanto, um porta-voz das Forças dos Estados Unidos na Coreia (USFK, na sigla em inglês), afirmou à rede americana CNN que não foi enviada nenhuma “orientação oficial de execução ou cessação dos exercícios de treinamento”.

A Coreia do Norte se comprometeu com sua desnuclearização, enquanto os Estados Unidos ofereceram ao regime de Pyongyang “garantias de segurança”, segundo o acordo assinado hoje em Singapura, durante a histórica cúpula bilateral.

(Com EFE)

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