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Trump anuncia acordo comercial com Vietnã e impõe tarifa de 20% sobre importações

Proposta divulgada pelo presidente promete 'acesso total' do mercado vietnamita a produtos americanos

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2025, 18h15 - Publicado em 2 jul 2025, 15h28

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta quarta-feira, 2, um novo acordo comercial com o Vietnã. Em publicação nas redes sociais, o republicano afirmou ter garantido “acesso total” do mercado vietnamita a produtos norte-americanos. Em troca, os EUA passarão a taxar em 20% os produtos importados do Vietnã, em vez dos 46% em vigor.

Trump afirmou que os produtos americanos, especialmente SUVs, teriam entrada liberada no mercado vietnamita. O presidente acrescentou que os EUA também aplicarão uma tarifa de 40% sobre produtos de transbordo — prática utilizada para contornar barreiras comerciais, na qual mercadorias de outros países são embarcadas via Vietnã para escapar de tarifas mais altas. Por outro lado, autoridades vietnamitas pediram o reconhecimento do país como economia de mercado e a isenção de restrições à exportação de tecnologia de ponta.

O acordo ainda não teve seus detalhes formalizados nem confirmados por autoridades vietnamitas. Também não está claro quando ele entrará em vigor.  Trump também afirmou que “o Vietnã pagará” as tarifas, embora, na prática, esse tipo de imposto recaia sobre as próprias empresas americanas que compram produtos vietnamitas.

A negociação foi revelada a poucos dias do fim da trégua tarifária imposta por Donald Trump, que em abril estabeleceu um prazo de 90 dias, válido até 9 de julho, para que dezenas de países renegociassem seus termos comerciais com os Estados Unidos. Durante esse período, foi aplicada uma tarifa reduzida de 10% sobre a maioria das importações. Passado o prazo, as tarifas de até 50% poderão voltar a ser aplicadas unilateralmente.

Pressão comercial

Nos últimos anos, o Vietnã ganhou protagonismo no comércio exterior americano, especialmente após os EUA imporem tarifas elevadas sobre produtos chineses. A migração de fábricas da China para o território vietnamita impulsionou as exportações do país, que, em em 2023, saltaram para US$ 137 bilhões, mais que o dobro do volume registrado cinco anos antes.

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Por outro lado, o déficit comercial dos EUA com o Vietnã disparou. Em 2023, alcançou US$ 123 bilhões, o terceiro maior saldo negativo com qualquer país, atrás apenas de China e México. A cifra mais do que dobrou desde 2019, quando era de US$ 56 bilhões.

Trump tem reiterado que déficits elevados são sinal de práticas desleais e, por isso, o Vietnã vinha sendo um dos principais alvos da agenda “tarifa por tarifa” da campanha do republicano.

Após o anúncio, ações de empresas com forte dependência da produção vietnamita reagiram positivamente. Papéis da Nike subiram 3,6% e os da Columbia Sportswear, 1,1%. Já a Lululemon, que também fabrica no país asiático, teve leve queda de 0,1%. VF Corporation, dona das marcas The North Face e Vans, avançou 1,6%.

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