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Trump acusa Honduras de ‘tentar mudar’ resultado eleitoral e faz ameaça

Resultados preliminares mostravam vantagem do direitista apoiado pelo presidente dos EUA, mas contagem acirrada entrou em 'empate técnico'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 dez 2025, 08h42 • Atualizado em 2 dez 2025, 08h53
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou as autoridades eleitorais de Honduras de “tentarem mudar” o resultado da eleição presidencial, uma disputa acirrada cuja apuração inicial mostrava ligeira vantagem do candidato apoiado por Washington, Nasry Asfura, sobre Salvador Nasralla, mas agora indica um “empate técnico”. O ocupante da Casa Branca alertou na segunda-feira, 1º, que haverá “consequências severas” se ele considerar que os resultados finais foram manipulados.

    Após a apuração digital revelar o empate, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pediu “paciência” ao iniciar a contagem manual dos votos. Asfura, de 67 anos, apoiado por Trump, liderava a disputa contra Nasralla, de 72 anos, por apenas 515 votos, configurando um “empate técnico”, afirmou nas redes Ana Paola Hall, presidente da CNE. Apesar da apuração preliminar, a disputa ainda está indefinida.

    “Parece que Honduras está tentando mudar o resultado da eleição presidencial. Se conseguirem, haverá consequências terríveis!”, declarou Trump em um post, sem apresentar provas da acusação.

    O presidente americano tem aumentado a expressão de apoio a aliados na região. Anteriormente, ele ameaçou cortar as remessas de ajuda financeira dos Estados Unidos à Argentina e Honduras caso os candidatos apoiados por ele não vencessem pleitos. Na votação portenha, o colega Javier Milei colheu os louros nas eleições de meio de mandato argentinas, que viram seu partido abocanhar uma vitória surpreendente.

    “Se ele (Asfura) não vencer, os Estados Unidos não estarão desperdiçando dinheiro, porque um líder errado só pode trazer resultados catastróficos para um país, não importa qual seja”, escreveu o republicano na Truth Social, rede social da qual é dono, na última sexta-feira, 29.

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    Dias antes da votação em Honduras, o ex-prefeito de Tegucigalpa, Asfura, conquistou o apoio do líder republicano – mais uma eleição latino-americana que ele tenta influenciar. Nasralla, por sua vez, disse a repórteres na segunda-feira que ainda estava confiante, apesar do endosso de Trump ao rival.

    “Eu sei que já ganhei. Esta manhã, me enviaram um número que me coloca à frente”, disse ele a repórteres sobre a contagem preliminar. Depois, Nasralla esclareceu em uma postagem no X que “não estamos nos declarando vencedores, estamos apenas projetando os resultados”.

    Giro à direita

    Quem quer que seja o vencedor, a derrota mais clara é para a esquerda, atualmente no poder na figura da presidente Xiomara Castro. O resultado é reflexo de um movimento mais amplo, também registrado em países da Europa: o avanço da direita e da extrema direita. Em outubro, Rodrigo Paz venceu as eleições na Bolívia, interrompendo quase duas décadas de domínio da esquerda, enquanto o conservadorismo pode ainda mais espaço com as eleições no Chile, onde José Antonio Kast Rist, da ultradireita, é favorito.

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    A alternância é comum na história moderna da América Latina, que viveu “ondas rosas” de diferentes dimensões após o fim das ditaduras no continente do século XX. Hoje, o placar está empatado: seis dos 12 países do continente são liderados por políticos direitistas. Mas o segundo turno chileno, em 14 de dezembro, e as eleições em 2026 no Brasil tornam o futuro incerto.

    Em Honduras, a guinada à direita poderia ajudar a consolidar a influência dos Estados Unidos em um país que, sob o governo de Xiomara, vinha se voltando cada vez mais para a China.

    A campanha eleitoral foi dominada pela ameaça de Trump e pelo anúncio surpresa de que ele concederia indulto ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, da mesma sigla de Asfura, o Partido Nacional. Hernández cumpre pena de 45 anos de prisão nos Estados Unidos, onde foi acusado de pertencer a uma das “maiores e mais violentas conspirações de narcotráfico do mundo”.

    Alguns receberam bem a intervenção de Trump, dizendo esperar que isso signifique que imigrantes hondurenhos poderão permanecer nos Estados Unidos. Quase 30 mil cidadãos do país, que tentaram fugir em direção ao norte de pobreza, violência e gangues, foram deportados desde janeiro, quando o republicano voltou à Casa Branca — um duro golpe para o país de 11 milhões de habitantes, onde as remessas em dólares daqueles que se foram representa quase um terço do PIB.

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