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Trump acusa Biden de perseguição após ser considerado culpado de fraude

Depois de julgamento sobre falsificação financeira de pagamentos a atriz pornô, ex-presidente dos EUA diz que Biden interferiu no caso para prejudicá-lo

Por Amanda Péchy
Atualizado em 30 Maio 2024, 20h12 - Publicado em 30 Maio 2024, 18h49

Após ser considerado culpado de 34 acusações criminais por falsificação de registros comerciais no caso sobre pagamentos secretos a uma ex-atriz pornô, em Nova York, o ex-presidente americano Donald Trump culpou o chefe da Casa Branca, Joe Biden, pelo veredito. Ele acusou o líder dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 30, de usar do sistema judiciário praticar perseguição política e chamou o julgamento de uma “desgraça”.

“Todo o nosso país está sendo fraudado neste momento”, disse Trump a repórteres depois de deixar o Tribunal Criminal de Manhattan. “Isso foi feito pela administração Biden para ferir ou prejudicar um oponente, um oponente político”.

Além disso, o candidato republicano à presidência disse que “o verdadeiro veredicto será dado pelo povo em 5 de novembro”, referindo-se às eleições dos Estados Unidos que ele provavelmente disputará contra Biden.

A equipe jurídica de Trump não emitiu uma declaração formal por enquanto, deixando que os comentários do ex-presidente sejam o posicionamento oficial a respeito do veredito.

“O país foi para o inferno”

O advogado do republicano, Todd Blanche, solicitou ao juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, a absolvição das acusações, justificando que não havia como o júri ter chegado ao veredito de culpado sem o testemunho do ex-advogado Michael Cohen – que a defesa acredita ter cometido perjúrio no julgamento. O juiz negou o pedido de absolvição, mas Trump prometeu que vai continuar tentando provar sua inocência.

“Continuaremos lutando, lutaremos até o fim e venceremos, porque nosso país foi para o inferno”, disse ele, acrescentando que “não temos mais o mesmo país, temos uma bagunça dividida”.

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“Vamos lutar pela nossa Constituição. Isto ainda está longe de acabar”, completou.

Além disso, ele classificou o julgamento como “fraudulento” e uma “desgraça”. “Não fizemos nada de errado. Sou um homem muito inocente”, atestou após deixar o tribunal.

Próximos passos

Merchan convocou para o dia 11 de julho uma nova audiência do julgamento, desta vez para definir a sentença cabível diante dos crimes cometidos.

Como Trump foi considerado culpado de 34 acusações, cada uma das quais é passível a quatro anos de prisão, na teoria, ele poderia ficar atrás das grades por até 136 anos. No entanto, ainda é incerto se ele realmente será preso. E, se for, isso não o impediria de continuar na corrida pela Casa Branca.

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Inclusive, até agora, as acusações e julgamentos contra o ex-presidente só fizeram aumentar sua popularidade com o eleitorado, que muitas vezes compra a narrativa de que ele estaria sofrendo “perseguição política”. A audiência em que o juiz emitirá a sentença é bastante próxima da Convenção Nacional Republicana, que terá início no dia 15 de julho, quando Trump se tornará candidato oficial do partido – timing que pode dar novo impulso a sua campanha.

Relembre o caso

A ação no tribunal está ligada à descoberta de um suposto esquema ilegal durante a campanha presidencial de 2016, que levou Trump à Casa Branca, cujo objetivo seria blindar o republicano de “má publicidade” e preservar sua imagem perante o eleitorado. Um dos elementos desse esquema seria evitar que viessem à tona informações sobre um encontro sexual entre o bilionário e a atriz pornô Stormy Daniels, que havia ocorrido dez anos antes, logo após ele ter se casado com Melania.

Segundo os promotores, Trump e sua equipe decidiram oferecer US$ 130 mil (cerca de R$ 460 mil na cotação da época) a Daniels para comprar seu silêncio sobre o affair, um acordo fechado apenas doze dias antes da eleição. Porém, ele fez isso por meio de um “aviãozinho” – seu fiel advogado e espécie de “faz-tudo”, Michael Cohen, que transferiu o dinheiro por meio de uma empresa de fachada.

+ Trump cometeu ‘fraude eleitoral’ em 2016, dizem promotores em julgamento

Tragédia evitada, eleição vencida. Já como presidente, Trump restituiu Cohen com uma série de cheques mensais, que vinham ou de um fundo de ativos da sua empresa, a Trump Organization, ou de sua própria conta bancária. Foram 11 cheques no total, nove dos quais o próprio republicano assinou.

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Não haveria nada de ilegal até aí. A questão é que, em registros comerciais, os gastos em cheques foram assinalados enganosamente como “despesas legais” com o advogado, Cohen. Por isso, no ano passado, o republicano foi indiciado com 34 acusações de falsificação de registros comerciais, para supostamente encobrir um pagamento.

Segundo os promotores, a empresa do então presidente, a Trump Organization, processou cheques “disfarçados como um pagamento por serviços jurídicos prestados segundo um acordo de retenção inexistente”. Enquanto isso, ainda de acordo com a acusação, Trump tinha “a intenção de fraudar, de cometer crime, e ajudar a ocultar a prática do mesmo”.

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