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Tribunal da França confirma condenação de Sarkozy por corrupção e tráfico de influência

Ex-presidente francês, que alega inocência, terá que usar tornozeleira eletrônica; Equipe de defesa fará apelação ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos

Por Redação Atualizado em 18 dez 2024, 15h43 - Publicado em 18 dez 2024, 15h40

A mais alta corte da França, o Tribunal de Cassação, confirmou nesta quarta-feira, 18, a condenação do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy por corrupção e tráfico de influência. A decisão veio após Sarkozy tentar recorrer do veredito, que em 2021 aplicou uma pena de três anos de prisão. Agora, porém, dois anos acabaram suspensos e o último deverá ser cumprido em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Os advogados do político de 69 anos já anunciaram que farão um novo apelo da decisão ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, sediado em Roma, na Itália.

No X, antigo Twitter, Sarkozy disse ter sido alvo de “assédio judicial” por “12 longos anos”. Ele, contudo, informou que assumirá suas “responsabilidades” e enfrentará as “consequências”, em referência ao uso da tornozeleira. O ex-presidente francês também afirmou que não está “disposto a aceitar a profunda injustiça” da corte e que seus “direitos como cidadão foram violados tanto à luz da jurisprudência da Corte Europeia dos Direitos Humanos quanto do Conselho Constitucional”.

Sarkozy reconheceu que a apelação ao tribunal europeu poderá “levar à condenação da França”, mas ponderou que o problema poderia ter sido evitado se ele houvesse sido “beneficiado de uma análise jurídica serena”.

“Devo entender que meu papel político no passado e as oposições que enfrentei criaram o clima corporativista e político que levou a essa decisão?”, provocou. “Quero reafirmar minha total inocência e continuo convencido de estar com a razão. Minha determinação é total neste caso, como em outros. A verdade acabará triunfando. Nesse momento, cada um terá que prestar contas diante dos franceses”, concluiu na publicação.

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Entenda o caso

À frente do Palácio do Eliseu entre 2007 e 2012, Sarkozy foi acusado de forjar um “pacto de corrupção” com seu advogado e um magistrado sênior. Ele teria tentado subornar o juiz Gilbert Azibert com um excelente plano de aposentadoria em troca de informações privilegiadas sobre uma investigação sobre o financiamento de sua campanha. Seu advogado, Thierry Herzog, estaria diretamente envolvido.

Doze ex-gerentes de sua campanha foram julgados por cumplicidade em “financiamento ilegal de campanha” e por fraude ou quebra de confiança, entre outros delitos. Entre eles estão membros de seu então partido União Popular Republicana (UMP), de direita, fundado por Jacques Chirac – agora, é conhecido pelo nome Os Republicanos – e da empresa de relações públicas Bygmalion, que teria foi contratada para para esconder o verdadeiro custo da sua campanha, marcada por eventos luxuosos nunca antes vistos na política francesa).

O caso veio à tona dois anos depois da campanha presidencial de 2012, que Sarkozy, parceiro da cantora e modelo Carla Bruni, perdeu para o socialista François Hollande. O escândalo abalou o partido de direita, dissolvido três anos depois, em 2015. Em paralelo, o antigo presidente conservador deve enfrentar, no ano que vem, outro julgamento por suspeitas de financiamento irregular vindo da Líbia à sua campanha eleitoral anterior, de 2007.

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