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Tribunal da China condena adolescente à prisão perpétua por morte de colega de classe

Outros dois envolvidos enfrentarão 12 anos de reclusão e medidas de correção pelo assassinato de Wang; na época do crime, criminosos tinham 13 anos

Por Redação 30 dez 2024, 11h55

Tribunal condenou Zhang e Li pela morte de Wang, ocorrida em março deste ano. (Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)

Um tribunal da China condenou nesta segunda-feira, 30, dois adolescentes à prisão pela morte de um colega de classe em março deste ano.

Aos 13 anos, eles conspiraram para assassinar e depois dividir o dinheiro do rapaz, identificado apenas como Wang.

Assim como no caso da vítima, os adolescentes foram apresentados pelos seus sobrenomes: Zhang e Li, condenados à prisão perpétua e a 12 anos de reclusão, respectivamente.

Em 3 de março, Zhang levou Wang para a estufa em uma scooter. Eles foram seguidos por Li e Ma, um terceiro adolescente que não recebeu punição criminal, em outro veículo. O plano foi contado a Ma no caminho. No local, Zhang e Li atacaram Wang com uma pá, mas Ma saiu. O corpo foi enterrado e os três fugiram, então, da cena do crime.

Após o assassinato, Zhang transferiu dinheiro para sua conta e de Lee através do celular de Wang. Ele também tirou o cartão SIM do smartphone para que Ma o destruísse. Os trio foi abordado pela polícia, e Ma decidiu levar os agentes de segurança à estufa. Por não ter participado diretamente da morte, Ma passará por medidas de correção e educação, método comum aplicado a menores que violaram a lei.

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O tribunal apontou Zhang como o principal culpado, por planejar e instigar o crime, ao passo que Li foi considerado conivente. Segundo a decisão, os “métodos eram especialmente cruéis e as circunstâncias especialmente vis”. Os familiares de Wang sofria bullying na escola por três colegas, incluindo conflitos anteriores com Zhang e Li.

O veredito ocorre em um ano de particular violência na China. Entre 2019 e 2023, foram registrados de três a cinco casos por ano de ataques a pedestres ou estranhos. Em 2024, o número saltou para 19, com 63 mortos e 166 feridos. Em novembro, um homem de 62 anos atropelou pessoas que se exercitavam nos arredores de um estádio na cidade de Zhuhai. 35 pessoas não resistiram. O atentado teria sido motivado pela insatisfação de Fan Weiqiu com seu divórcio. Ele foi condenado à morte na semana passada.