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Traficante mais procurado da Colômbia é preso no noroeste do país

Segundo o presidente Iván Duque, detenção é o maior golpe no narcotráfico desde a queda de Pablo Escobar em 1993

Por Da Redação
24 out 2021, 10h06

O traficante de drogas mais procurado da Colômbia, Dairo Antonio Úsuga David, foi preso em uma operação conjunta da polícia e das Forças Armadas no noroeste do país. O criminoso conhecido como Otoniel é o chefe do Clã do Golfo, o maior cartel de narcotráfico do país.

Segundo o Iván Duque, a captura de Otoniel é o maior golpe no narcotráfico desde a queda de Pablo Escobar em 1993. “Este é o golpe mais duro dado ao narcotráfico neste século em nosso país e só se compara à queda de Pablo Escobar”, disse, em declaração concedida na base militar de Tolemaida, na região central do país.

O presidente afirmou que Otoniel era “o traficante de droga mais temido do mundo” e também “assassino de policiais, militares, lideranças sociais, além de recrutador de menores”.

A prisão ocorreu na zona rural de El Totumo, no Golfo de Urabá, no noroeste da Colômbia, onde surgiu o Clã do Golfo, que posteriormente se espalhou para outras regiões do país. Em imagens divulgadas por diversos meios de comunicação, o criminoso é visto sorrindo, vestido de calça e camisa pretas e com as mãos amarradas nas costas, sendo conduzido por soldados armados com rifles após descer de um helicóptero militar.

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Segundo Duque, a prisão do líder do maior grupo criminoso do país dedicado ao tráfico de drogas representa “o fim do Clã do Golfo”. “A todos aqueles que pertenceram a esta estrutura criminosa, a mensagem que lhes envio é clara e contundente: ou se submetam imediatamente à Justiça ou o peso da lei será aplicado sobre eles da mesma forma”, ameaçou o presidente.

Um dos mais perigosos narcotraficantes do mundo

Otoniel era procurado desde 2015 na região de Urabá por milhares de policiais e militares envolvidos nas duas fases da “Operação Agamenon”. Dezenas de homens sob seu comando foram presos ou mortos e toneladas de cocaína foram apreendidas nos últimos anos.

Em setembro de 2017, após a assinatura do acordo de paz com as FARC e a abertura de diálogos com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), Otoniel anunciou em um vídeo postado nas redes sociais sua intenção de se entregar à Justiça, que fez os colombianos pensarem na possibilidade de alcançar a paz após mais de meio século de conflito armado em várias frentes internas.

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Segundo o governo colombiano, o Clã do Golfo é responsável pelo envio de toneladas de cocaína aos Estados Unidos, além de montar uma rede criminosa dedicada à extorsão de empresários e comerciantes na região de Urabá, na fronteira com o Panamá, e principalmente na costa atlântica.

Ele também é acusado de assassinar vários policiais e líderes sociais como parte de sua estratégia de terror nas áreas onde o grupo opera. Por essas razões, Otoniel tem mais de 100 processos abertos na Justiça colombiana e a Interpol o procurava com um aviso vermelho.

Para o governo colombiano, ele era um dos traficantes mais procurados do país. A administração de Duque chegou a oferecr uma recompensa de até 3 bilhões de pesos (cerca de R$ 4,5 milhões) por informações sobre seu paradeiro. Para os Estados Unidos – que o tem na “Lista Clinton” – Otoniel é um dos mais perigosos narcotraficantes e lavadores de dinheiro do mundo, por quem ofereceu até US$ 5 milhões.

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(Com EFE)

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