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Testemunha chave do processo de impeachment é demitida da Casa Branca

Segundo o advogado do tenente-coronel Alexander Vindman, ele foi demitido por 'dizer a verdade'

Por Da Redação
Atualizado em 7 fev 2020, 19h01 - Publicado em 7 fev 2020, 19h00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu nesta sexta-feira, 7, o especialista em Ucrânia do Conselho de Segurança Nacional, o tenente-coronel Alexander Vindman, que testemunhou no Congresso americano durante o processo de impeachment do qual Trump foi absolvido.

“Vindman foi demitido por dizer a verdade”, segundo seu advogado, David Pressman. “A verdade custou ao tenente-coronel Alexander Vindman seu trabalho, sua carreira e sua privacidade”.

O tenente-coronel havia dito em depoimento que, por duas vezes, demonstrara sua preocupação aos seus superiores acerca da tentativa da Casa Branca em pressionar a Ucrânia a investigar os negócios da família do ex-vice-presidente e pré-candidato democrata, Joe Biden, para que Trump se favorece-se politicamente. Ele afirmou ainda ter presenciado funcionários do governo pressionando Kiev.

Trump havia dado sinais de que ou demitiria Vindman ou o realocaria para o Departamento de Defesa. Questionado por repórteres nesta sexta-feira antes da divulgação da decisão, o presidente disse que não estava feliz com o tenente-coronel e sugeriu que seu destino logo seria decidido.

O presidente também compartilhou uma mensagem de um apoiador no Twitter apoiando a demissão do tenente-coronel. O tuíte dizia: “O comportamento de Vindman é um escândalo. Ele deveria ser removido da Casa Branca o mais rápido possível para proteger nossa política externa de suas maquinações”.

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Por seis meses, Trump foi investigado. Teve seu impeachment aprovado na Câmara dos Deputados, mas foi inocentado pelo Senado na quarta-feira 5. O presidente era acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso.

O inquérito se concentrava em uma conversa telefônica de 25 de julho de 2019 na qual Trump pedira ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que realizasse uma investigação contra a família Biden em troca da liberação de um ajuda militar congelada no valor de 390 milhões de dólares.

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