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Tensão aumenta em Israel e dois lados do conflito anunciam mortes

Egito e Qatar tentam mediar negociações, enquanto batalhas ocorrem na fronteira com o Líbano

Por Da Redação Atualizado em 9 out 2023, 14h22 - Publicado em 9 out 2023, 14h13

Israel anunciou, nesta segunda-feira, 9, que suas tropas mataram infiltrados armados que entravam no país vindos do Líbano, aumentando o temor de que a guerra pudesse se espalhar para uma segunda frente, além de Gaza.

A Rádio do Exército – veículo de imprensa oficial das Forças Armadas israelense – informou que os conflitos se deram no sul do país, perto de Adamit, na região das cidades fronteiriças  de Aalma El Chaeb e Zahajra. Um funcionário do Hezbollah,  grupo terrorista xiita do sul do Líbano, negou no entanto,  que tenha montado qualquer operação em Israel. Assim como o Hamas, o Hezbollah também recebe apoio logístico e financeiro do Irã.

Apesar dos ataques, o porta-voz militar de Israel disse que as tropas restabeleceram o controle das comunidades que haviam sido invadidas.  “Agora estamos realizando buscas em todas as comunidades e limpando a área”, disse Daniel Hagari, principal porta-voz militar de Israel. Porém, diversos combatentes do Hamas ainda estavam escondidos em vários locais dentro do país.

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Do outro lado do conflito, um porta-voz do grupo paleszstino também afirmou que os bombardeios de Tel-Aviv na Faixa de Gaza mataram quatro reféns israelenses que tinham sido sequestrados durante o ataque surpresa do grupo radical islâmico, no último sábado, 7.

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“Os bombardeios na Faixa de Gaza nesta noite resultaram na morte de quatro prisioneiros inimigos e no martírio de seus captores, os Mujahideen de Qassam”, disse Izz ad-Din al-Qassam, porta-voz do Hamas, em um comunicado pelo aplicativo de mensagens Telegram.

Israel prosseguiu com os seus ataques de retaliação que mataram mais de 500 pessoas desde sábado. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciou o bloqueio reforçado de Israel, que impediria até mesmo alimentos e combustível de chegarem à região, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 560 palestinos foram mortos e 2.900 feridos durante os ataques na faixa. Relatos de sobreviventes dão conta de que as vítimas tiveram que procurar desaparecidos em meio aos edifícios desabados enquanto o ar ainda estava empoeirado pelo impacto.

“Os ataques e bombardeamentos militares do inimigo sionista contra casas habitadas por mulheres e crianças, mesquitas e escolas em Gaza equivalem a crimes de guerra e terrorismo”, disse Izzat Reshiq, oficial do Hamas, em um comunicado.

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Tel-aviv também convocou um número sem precedentes de 300 mil reservistas. O anúncio sinalizou que Israel poderia estar planejando um ataque terrestre para derrotar o Hamas. “Nunca convocamos tantos reservistas em tal escala”, disse Hagari. “Vamos para a ofensiva.”

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Enquanto as tensões aumentam, o Egito, que no passado foi mediador entre Israel e o Hamas em momentos de conflito, manteve contato estreito com os dois lados e está tentando evitar uma nova escalada. Mediadores do Qatar também realizaram ligações com autoridades do Hamas para tentar negociar a liberdade para mulheres e crianças israelenses sequestradas, em troca de prisioneiras palestinas em Israel.

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Um oficial de Israel, contudo, disse que não vai haver negociação, negando que o país entrou em contato com com Qatar. “O preço que a Faixa de Gaza pagará vai ser muito pesado e mudará a realidade durante gerações”, disse Gallant, ministro da Defesa de Israel, durante uma visita Ofakim, uma das cidades que foram atacadas pelo grupo terrorista.

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