Taylor Swift vira motivo de briga entre premiê da Tailândia e Singapura
Cantora irá se apresentar em março no Sudeste Asiático
Depois de virar peça central de uma teoria da conspiração, o nome da cantora americana Taylor Swift entrou em outra polêmica nesta semana. O primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, afirmou que o governo de Singapura tentou fechar um acordo que impedia a artista de se apresentar em qualquer outro país do Sudeste Asiático com a sua turnê Eras.
Thavisin disse ter sido informado pela produtora de eventos AEG de que o governo de Singapura ofereceu subsídios de 2 a 3 milhões de dólares por show como parte de um acordo de exclusividade. Taylor fará seis shows em março, todos com ingressos já esgotados, no National Stadium singapurense, que tem capacidade para 55.000 pessoas.
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O acordo teria sido concebido para monopolizar os benefícios das receitas de turismo que os eventos desse tipo normalmente atraem. Durante sua fala, Thavisin afirmou também que, se soubesse antes do acordo, “teria trazido os shows para a Tailândia”, já que “podem gerar valor agregado à economia”.
A declaração do premiê tailandês rapidamente gerou reações entre fãs da cantora em outros países do Sudeste Asiático. A maioria alega não possuir recursos para se deslocar ao país dos shows, mas mesmo os que têm a opção de realizar a viagem tiveram grandes dificuldades na compra de ingressos e passagens, devido à espera muito longa em filas online.
A presença de fãs de Swift em outros países da região é extensa, e Quezon City, nas Filipinas, já chegou a ser listada pelo Spotify como o lar do quinto maior número de seus ouvintes em um ranking de cidades globais.
Alguns fãs defenderam a cantora justificando a falta de países selecionados para a turnê devido a questões como falta de infraestrutura e vulnerabilidade política. Eles relembraram um show de 2014 que foi cancelado em Bangcoc após o golpe militar do ex-primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha. Situações de preconceito contra outros artistas na região também foram utilizadas como justificativa, como o show do grupo 1975, em julho, na Malásia, quando um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo gerou protestos no país.