Suspeito de assassinar apoiador de Trump em Portland é morto pela polícia
Michael Reinoehl, de 48 anos, alegava ter agido em legitima defesa; protestos na cidade americana já deixaram três mortos

A polícia de Portland, nos Estados Unidos, tentou prender Michael Reinoehl, americano branco de 48 anos, suspeito de ter matado um apoiador do presidente Donald Trump durante os protestos contra a violência policial na cidade. Reinoehl resistiu a prisão, trocou tiros com os agentes e acabou morto.
Desde que Jacob Blake foi alvejado pelas costas sete vezes pela polícia, Portland se tornou um dos palcos das manifestações contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos. Os protestos já deixaram três mortos, sendo que dois eram manifestante do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português). A terceira vítima é Aaron Danielson, que além de ser apoiador do presidente, fazia parte de um grupo da extrema direita.
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No dia 29 de agosto, Reinoehl teria disparado contra Danielson alegando legitima defesa. Em entrevista ao site Vice News, o suspeito afirmou que o apoiador de Trump estava pronto para esfaquear ele e um amigo. “Eu não tinha escolha. Quero dizer, eu tinha. Eu poderia ter sentado ali e ver ele (Denielson) matando um amigo negro meu. Mas eu não ia deixar isso acontecer”, Reinoehl disse ao site.
A polícia diz que o suspeito estava armado e que começou a disparar quando viu os agentes. Reinoehl teve sua prisão decretada. Foi localizado no condado de Lacey, a 193 quilômetros de Portland. O confronto começou após o suspeito ter saído de um apartamento e entrado num carro, segundo o tenente Ray Brady.
“A informação que temos neste momento é que o suspeito estava armado. Tiros foram disparados do veículo, que o suspeito abandonou logo em seguida, momento no qual foram realizados novos disparos”, disse Brady.
Na quinta-feira, Trump cobrou a polícia de Portland pela solução do caso. “Por que a polícia de Portland ainda não prendeu o assassino a sangue frio de Aaron ‘Jay’ Danielson? Façam seu trabalho rápido”, disse o presidente no Twitter. O mandatário também visitou a cidade na terça-feira 2, discursou e acusou os manifestantes contra o racismo de serem anarquistas, além de culpar os os governantes democratas pelo caos na cidade.