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Social-democratas passam partido de Merkel e lideram pesquisas na Alemanha

Feito não acontecia há 15 anos e aumenta chances de Olaf Scholz, atual ministro das Finanças, sair vitorioso em setembro

Por Redação Atualizado em 25 ago 2021, 12h02 - Publicado em 25 ago 2021, 11h45

Aumentando ainda mais a imprevisibilidade em torno das eleições gerais, as pesquisas de intenção de voto na Alemanha mostram que o partido Social Democrata (SPD), de centro-esquerda, passou à frente da União Cristã Democrata (CDU), de Angela Merkel, pela primeira vez em 15 anos.

As eleições gerais acontecem no dia 26 de setembro e, segundo dados divulgados na terça-feira 24 pelo instituto Forsa, o SPD, na figura de Olaf Scholz, atual ministro das Finanças, lidera as intenções de voto com 23%. A CDU ficaria um pouco atrás, com 22%.

A troca de posição representa a primeira vez que o Social Democrata lidera pesquisas de opinião no país desde outubro de 2006 e é o índice mais baixo para a CDU desde que o instituto de pesquisas foi criado, em 1984.

O Partido Verde ficou em terceiro lugar, com 18%. As pesquisas também indicam que o Alternativa para a Alemanha (AfD), da extrema-direita, teria 10% dos votos.

Às vésperas de encerrar o mandato como chanceler da Alemanha, depois de 16 anos e quatro vitórias seguidas, era esperado que Merkel não tivesse grandes problemas para nomear um sucessor. As eleições estaduais de março, no entanto, estremeceram os planos, após a CDU registrar os piores resultados de sua história nos estados de Baden-Württemberg e Renânia-Palatinado, considerados bastiões da legenda.

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O nome da legenda, o jornalista Armin Laschet, saiu vitorioso em uma dura disputa pelo comando do partido, mas tem sido criticado duramente pela gestão da pandemia de Covid-19 no estado de Renânia do Norte-Vestfália. Além disso, também foi alvo de críticas após ser visto rindo em uma entrevista à imprensa durante enchentes que atingiram a região no mês passado.

Os desastres naturais, por sua vez, deram força a Scholz, candidato do SPD, que fez com que a popularidade do partido aumentasse com duras críticas à gestão. As chuvas torrenciais no mês passado resultaram em quase 200 mortes e centenas de feridos, à medida que enchentes devastaram casas, comércios e plantações.

A tendência de crescimento de popularidade tem gerado inclusive manchetes no país. “Hoje, Olaf Scholz como chanceler federal é um cenário muito realista”, estampa a revista Der Spiegel.

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Após as derrotas em março, o secretário-geral da CDU, Paul Ziemiak, mesmo admitindo que os resultados foram decepcionantes, procurou atribuir a derrota ao “sucesso pessoal” dos candidatos eleitos, do Partido Verde e do Partido Social-Democrata.

A legenda governista ainda é a maior no país, mas caso mantenham sucesso, os dois partidos podem optar por fazer uma coalizão entre si e o Partido Liberal Democrático (FDP).  A aliança entre os dois grupos de centro-esquerda e o de centro-direita já é apelidada de “coalizão do semáforo”, devido às suas cores.

“Os 16 anos de Merkel e sua incorporação de políticas de centro-esquerda no ambiente conservador, como a recepção de refugiados, contribuíram para a fragmentação da política alemã”, diz Chantal Sullivan-Thomsett, do Grupo de Especialistas em Política Alemã da Universidade de Leeds, na Inglaterra. “Junto à insatisfação, eleitores têm opções.”

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